O Fórum da Cultura Digital Brasileira é um espaço público e aberto voltado para a formulação e a construção democrática de uma política pública de cultura digital, integrando cidadãos e insituições governamentais, estatais, da sociedade civil e do mercado.
Feira Música Brasil 2009
7 de Dezembro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaA Feira Música Brasil 2009, maior evento do gênero na América Latina, tem nove painéis de debate confirmados. O evento, que será realizado em Recife na semana que vem (entre os dias 9 e 13), conta com apoio do Ministério da Cultura e tem como tema Música tocando negócios, com o objetivo de atender tanto aos artistas quanto aos empresários, produtores e demais segmentos da cadeia produtiva do setor.
Entre os palestrantes dos painéis, o destaque é alemão Gerd Leonhard, autor dos livros The Future of Music (com David Kusek) e Music 2.0. Ele publicou na Internet uma carta aberta para a indústria fonográfica independente, em que exorta os profissionais a embarcar no novo modelo, baseado no compartilhamento e na promoção da música “como serviço” e não “como produto”.
Confira a programação dos painéis e das atrações musicais.
Atrações musicais
A FMB também terá uma série de apresentações musicais. No encerramento, durante tributo a Luiz Gonzaga, canções do Rei do Baião serão reinterpretadas por um grupo reunindo instrumentistas de Nação Zumbi, Cidadão Instigado, Instituto e Orquestra Contemporânea de Olinda. Dividirão com eles o palco, como cantores convidados, Arnaldo Antunes, Marina de La Riva e Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado, entre outros.
Também serão exibidos os filmes Cartola – Música para os Olhos, O Rock Brasileiro – História em Imagens e Beyond Ipanema – Ondas Brasileiras na Música Global, seguidos por debates. E haverá palestras sobre tecnologias para música e música para cidadania, além de oficinas de produção musical e de gestão cultural – todas gratuitas.
Nos dias 10, 11 e 12, ocorrerá a Rodada de Negócios Nacional e Internacional, com presença confirmada de dezenas de empresas – selos, gravadoras, distribuidoras, telefônicas e outras -, bem como organizações sociais da área cultural. Os participantes contarão com uma equipe de monitores e tradutores.
A programação artística e das atividades em geral, com os horários e locais, está na página do evento.
Instituições envolvidas
A segunda edição da FMB é patrocinada pela Petrobras, via Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e realizada pela Funarte/MinC em parceria com um conselho formado pelas seguintes entidades: Associação Brasileira dos Empresários Artísticos (Abeart), Associação Brasileira da Música Independente (ABMI), Associação Brasileira dos Produtores de Disco (ABPD), Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin), Associação Brasileira dos Editores de Música (Abem), Associação Brasileira de Editoras Reunidas (Aber), Associação Brasileira das Rádios Públicas do Brasil (Arpub) e Fórum Nacional da Música (FNM).
O Ministério da Cultura apoia a iniciativa com recursos do Programa de Desenvolvimento da Economia de Cultura (Prodec), por meio de convênio com a Fundação de Cultura Cidade do Recife, que investiu contrapartida. O evento também conta com apoio financeiro da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Outros parceiros, a exemplo do Sebrae, estão se somando à organização.
Texto: Pedro Biondi / SPC-MinC
Ministro da Cultura participou da abertura do 4º Workshop Anual do Cinegrid
7 de Dezembro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaBrasília, dezembro de 2009 – O ministro da Cultura, Juca Ferreira, participou, nesta segunda-feira, da abertura oficial do 4º Workshop Anual do Cinegrid, na Califórnia, EUA. Por meio de uma videoconferência realizada no escritório da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em Brasília, o ministro falou à platéia localizada na Universidade da Califórnia sobre as possibilidades de inserção do Brasil no novo circuito de produção colaborativa de audiovisual.
O evento, que começou no domingo e vai até quarta-feira, dia 9, é organizado pela empresa Pacific Interface e patrocinado pelo CineGrid, uma organização sem fins lucrativos cuja base administrativa localiza-se na Califórnia. O principal objetivo do workshop é avaliar o atual estágio das pesquisas e das experiências realizadas para produzir e distribuir audiovisual em redes de fibra óptica de alta velocidade.
Em seu pronunciamento, Juca Ferreira destacou os esforços do seu ministério em estabelecer diretrizes que façam com que a cultura cumpra o seu papel estratégico no desenvolvimento do país nos próximos dez anos. De acordo com o ministro, uma ampla consulta à sociedade mostrou que “é notável a consciência da população brasileira de que a inovação científica é valor estratégico para a cultura”.
Para o ministro, é fundamental que o Plano Nacional da Cultura, que está sendo ou discutido no Congresso Nacional, seja acompanhado de uma ampla reflexão sobre as consequências políticas que uma interconexão global trará para o conjunto de países em desenvolvimento.
“Para que estas novas promessas tecnológicas não reforcem desequilíbrios nos fluxos internacionais de conteúdos, que tanto prejuízo causam à diversidade cultural, é fundamental exercitar a tecnologia do futuro com atenção redobrada. É importante incorporar a reflexão sobre os impactos políticos, econômicos e culturais deste novo cenário, e difundir esta reflexão entre os demais parceiros do hemisfério sul”, advertiu.
Juca Ferreira revelou que o Ministério da Cultura (MinC) está trabalhando em parceria com a RNP para desenvolver uma infraestrutura tecnológica que permita que a cultura brasileira ultrapasse suas fronteiras geográficas. “Nossos eventos e espetáculos poderão ser licenciados para grandes salas interligadas às redes de alta velocidade com vistas a um novo modelo de negócios ou poderemos propiciar modos constantes de intercâmbio entre diferentes culturas, oportunizando modos de fruição estética de produções culturais”, previu.
A parceria entre o MinC e a RNP tem como intuito fomentar o uso inovador de redes avançadas na produção e distribuição de conteúdos culturais através da infraestrutura da rede acadêmica brasileira, rede Ipê, operada pela RNP. A organização já conectou à rede Ipê a Cinemateca Brasileira e, em breve, interligará outros nove aparelhos culturais do Rio de Janeiro e mais um em São Paulo.
Texto de Stela Tsirakis (RNP)
Falha no Cultura Digital
4 de Dezembro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaNo dia 03 de Dezembro de 2009 por volta de 19:30 após uma rotina de backup dos arquivos do culturadigital.br, o site ficou indisponível devido a desativação do plugin ‘BuddyPress’. Isso ocorreu pois durante a compactação dos arquivos eles são renomeados até que a rotina termine e durante esse intervalo numa tentativa de acessar o plugin, sem sucesso, o WordPress o desativou.
Isso mostra como é delicado o gerenciamento de sistemas para grandes públicos, principalmente num momento em que trabalhamos para disponibilizar mais funcionalidades.
O plugin já foi reativado e o site já está funcionando normalmente, aparentemente sem perdas de dados. A falha na rotina já foi identificada e corrigida para as próximas execuções.
Pedimos desculpas pelos transtornos causados.
Acompanhe a transmissão do Congresso Internacional de Software Livre
4 de Dezembro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaJon Maddog, Ladislaw Dowbor e Sérgio Amadeu são alguns dos palestrantes presentes no CONISLI 2009, que acontece nesta sexta e sábado (4 e 5 de dezembro), no Museu de Imagem e Som (MIS), em São Paulo. Quem quiser acompanhar o vídeo streaming, deve seguir o link: http://streaming.serpro.gov.br/conisli2009/. No Twitter, a cobertura será marcada pela hashtag #conisli e o perfil oficial é @conisli.
O Congresso começa às 10h para o credenciamento e as atividades terminam às 22h. Veja abaixo a programação de hoje em: http://www.conisli.org.br/grade/grade04.php. A grade de amanhã está em: http://www.conisli.org.br/grade/grade05.php. E atenção: segundo o site oficial do evento, as atividades do sábado não serão transmitidas pela internet.
[Espanha] Manifesto em defesa dos direitos fundamentais na internet
3 de Dezembro de 2009, 0:00 - sem comentários ainda
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[Espanha] Diante da inclusão de alterações legislativas que afetam o livre exercício da liberdade de expressão, de informação e o direito de acesso à cultura por meio da Internet no projeto de lei sobre a economia sustentável, jornalistas, blogueiros, usuários, profissionais e desenvolvedores de Internet vêm a público manifestar nossa firme oposição ao projeto, e declarar que …
1 . – O autor não pode estar acima dos direitos fundamentais dos cidadãos, incluindo o direito à privacidade, a segurança, a presunção de inocência, à tutela jurisdicional efetiva e à liberdade de expressão.
2 . – A suspensão dos direitos fundamentais é e deve continuar sendo da competência exclusiva do Judiciário. Dizemos NÃO à censura sem sentença. O modelo proposto, ao contrário do disposto no artigo 20.5 da Constituição, coloca nas mãos de um órgão não judicial – uma unidade do Ministério da Cultura – o poder de impedir o acesso dos cidadãos espanhois a qualquer site.
3 . – A nova legislação cria insegurança jurídica em torno do setor de tecnologia espanhol, danificando uma das poucas áreas de inovação em nossa economia, e dificultando a criação de empresas pela introdução de barreiras à concorrência e travas à sua expansão internacional.
4 . – A nova legislação proposta ameaça dificultar novos criadores e a criação cultural. Com a Internet e os sucessivos avanços tecnológicos, democratiza-se drasticamente a criação e a difusão de todos os tipos de conteúdos, que já não surgem predominantemente da tradicional indústria cultural, mas de muitas fontes diferentes.
5 . – Os autores, como todos os trabalhadores, têm direito a viver de seu trabalho com novas idéias criativas, modelos de negócio e atividades relacionadas com as suas criações. Tentar com alterações legislativas sustentar um modelo de indústria antiquada, que não consegue se adaptar a esse novo ambiente, não é justo nem realista. Se o seu modelo de negócio é baseado no controle das cópias dos trabalhos e na Internet isto não é possível sem violar os direitos fundamentais, então vocês devem encontrar um outro modelo.
6 . – Acreditamos que as indústrias culturais precisam criar alternativas modernas, eficazes, aceitáveis e acessíveis para atender os novos usos sociais, ao invés de promover limitações desproporcionais e ineficazes para os objetivos que declaram perseguir.
7 . – Internet deve funcionar livremente e sem interferências políticas patrocinadas por grupos que buscam perpetuar modelos de negócio obsoletos e impossibilitar que o conhecimento humano siga sendo livre.
8 . – Nós exigimos que o Governo garanta por lei a neutralidade da rede em Espanha como um marco fundamental para o desenvolvimento de uma economia realista e sustentável para o futuro, antes que pressões em contrário ocorram.
9 . – Propomos uma verdadeira reforma dos direitos de propriedade intelectual orientada para a restituição de seus objetivos originais: o retorno à sociedade do conhecimento, a promoção do domínio público e a limitação dos abusos dos órgãos de gestão.
10 . – Em uma democracia as leis e as suas alterações devem ser aprovadas depois de um debate apropriado e após consulta a todas as partes envolvidas. É inaceitável que sejam feitas alterações legislativas que afetam os direitos fundamentais em uma lei orgânica que trata de outro assunto.
Este manifesto, elaborado em conjunto por vários autores, é de todos e de ninguém. Se estiver de acordo, junte-se a ele, difundindo-o através da Internet.