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Ibram participa de Fórum de Alto Nível da Unesco
11 de Novembro de 2016, 17:16 - sem comentários aindaPublicado originalmente no site do Ministério da Cultura
Marcelo Araújo foi nomeado para a presidência do Ibram em setembro de 2016. Foi secretário estadual da Cultura em São Paulo e diretor da Pinacoteca de São Paulo (Foto: Divulgação/Ibram)
O presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Marcelo Araújo, participa, de 5 a 14 de novembro, em Shenzhen, na China, do Fórum de Alto Nível da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre Museus. O evento reúne especialistas em museus com o objetivo de contribuir com estratégias para implementar as orientações que constam na Recomendação Unesco sobre a Promoção e Proteção de Museus e Coleções.
A recomendação teve origem em uma proposta feita pelo Ibram, em 2012, e aprovada em 2015, durante a 38ª Conferência Geral da Unesco. “A última resolução era de 1960. Decorridos 50 anos, precisava de atualização. Por isso, apresentamos a proposta em 2012, que até ser aprovada demorou três anos”, conta Araújo. “Foi uma vitória do Brasil, aprovada por unanimidade. Temos um interesse muito grande de prosseguir nesse protagonismo. O fórum discute estratégias para essas diretrizes. A ida para China tem objetivo de relatar a postura brasileira em face da recomendação, além de debater com outros profissionais as iniciativas levadas a cabo. O grande pano de fundo é o novo papel dos museus como instrumento de desenvolvimento”, ressalta.
Segundo Araújo, o Brasil tem uma posição muito confortável, uma vez que já possui arcabouço jurídico, políticas e estatuto de museus, além do próprio Ibram, que já contemplam muitas das recomendações da Unesco.
“O artigo 24, por exemplo, dispõe sobre Esforços colaborativos e participativos entre museus, comunidades, sociedade civil e o público. Nesse sentido, o Ibram instituiu o Programa Pontos de Memória, uma iniciativa de museologia social que contempla grupos organizados da sociedade civil que estabelecem iniciativas de memória social, muitas delas dando origem a museus comunitários”, destaca Araújo. “Já o artigo 29 fala que ‘As funções dos museus são também influenciadas pelas novas tecnologias e por seu papel crescente na vida cotidiana…’. O Ibram está implementando o Registro Nacional de Museus, uma ferramenta que dá acesso a dados importantes para o setor, de maneira transparente. Está em curso, ainda, a digitalização de coleções com o desenvolvimento da plataforma Tainacan, um repositório digital construído de forma colaborativa entre governo e sociedade civil”, explica.
Marcelo Araújo foi nomeado para a presidência do Ibram em setembro de 2016. Servidor de carreira e com grande experiência na área cultural (foi secretário estadual da Cultura em São Paulo e diretor da Pinacoteca de São Paulo), ele vê o setor de museus do Brasil com otimismo.
“Nosso grande compromisso foi dar continuidade às atividades do Ibram, honrando pagamentos, cumprindo editais e projetos educativos. A situação dos museus é de extrema vitalidade e diversidade. Temos mais de 4 mil museus cadastrados, além de iniciativas como museologia social. O setor enfrenta desafios, como todas as áreas, restrições orçamentárias, mas tem correspondido ao seu papel, contribuindo para o desenvolvimento social”, completa.
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