O Fórum da Cultura Digital Brasileira é um espaço público e aberto voltado para a formulação e a construção democrática de uma política pública de cultura digital, integrando cidadãos e insituições governamentais, estatais, da sociedade civil e do mercado.
Redelabs no Fórum da Cultura Digital 2010
21 de Outubro de 2010, 0:00 - sem comentários ainda
Post publicado em http://culturadigital.br/redelabs/2010/10/redelabs-no-forum-da-cultura-digital-2010/
Durante a segunda edição do Fórum Brasileiro de Cultura Digital vamos realizar o encontro Redelabs, que vai reunir especialistas em diversas áreas para debater possibilidades e ideias relacionadas a espaços dedicados ao que a gente vem chamando aqui de cultura digital experimental. O objetivo é começar uma conversa colaborativa que possa se repetir em outras ocasiões e gerar projetos transversais entre os grupos, redes e instituições presentes. Abaixo o texto do convite que estamos mandando.
Encontro RedeLabs no Fórum de Cultura Digital – Novembro de 2010
O encontro RedeLabs tem por objetivo reunir artistas, produtores e curadores envolvidos com cultura digital experimental para conceber estratégias colaborativas de articulação, produção e exibição na área. O encontro parte da compreensão de que o Brasil tem assumido um papel de relevância internacional no desenvolvimento de uma cultura digital hiperconectada e participativa. Mais do que a mera importação de novas referências, essa cultura digital brasileira incorpora nossas tendências antropofágica e tropicalista, performando um diálogo profundo entre o cosmopolitismo e o enraizamento.
Algumas das bases da cultura digital brasileira – a ênfase na cultura livre, no acesso, na ação coletiva e na criatividade distribuída – sugerem que se vá além do referencial de laboratórios de mídia (medialabs). A perspectiva de que tais bases aprofundam a própria compreensão do que vêm a ser as mídias e como elas se articulam com o cotidiano em rede é o principal eixo de sustentação do encontro RedeLabs.
A arte eletrônica e a cultura digital experimental exploram os limites estéticos e funcionais das novas tecnologias, formam público e inserem o Brasil em circuitos internacionais de reflexão e produção. Elas são desenvolvidas em diversos contextos institucionais: laboratórios de mídia, centros culturais, produtoras multimídia, núcleos universitários, pontos de cultura, espaços auto-geridos e outros. Ainda que algumas dessas ações acabem se encaixando em áreas e contextos institucionais já existentes, é necessário desenvolver estratégias que levem em conta as características específicas da criação, elaboração e circulação dessa cultura para desenvolver seu pleno potencial.
O objetivo é encerrar o seminário com proposições setoriais e recomendações de desenvolvimento. Todo o material gerado durante o seminário (áudio, vídeo, textos, imagens) será publicado na internet com licenças livres e deverá ser editado e compilado em uma publicação nos meses seguintes.
O mal do arquivo: Derrida e a Cultura Digital Brasileira
7 de Outubro de 2010, 0:00 - sem comentários aindaPost publicado em http://culturadigital.br/acervodigital/2010/08/06/o-mal-do-arquivo-derrida-e-a-cultura-digital-brasileira/
“A democratização pode sempre ser medida por esse critério essencial: a participação e o acesso ao arquivo, sua constituição e interpretação”
Jaques Derrida, o Mal do Arquivo.”
O Brasil é um paradoxo. Por uma série de motivos e razões, teve sua história permeada por fatos que constituíram sua população como uma das mais receptivas do planeta. Ao mesmo tempo, essa história é contada por distâncias, afastamentos, silenciamentos, violência e ignorância. O papel do Estado, ainda não tão bem compreendido quanto o papel do Governo, tem grande responsabilidade nessa contradição. Estamos aprendendo o que é governo, mas penso que há ainda um longo caminho para compreendermos o que é Estado. Ao longo de tempos diferentes, os Estado brasileiro têm sistematicamente ignorado grande parte de imensos problemas que nos constituem como país. A reforma agrária, o monopólio das comunicações, o analfabetismo ou o trabalho escravizado são alguns. Outros, como os direitos do povo indígenas, ou quilombolas, o acesso à educação fundamental, estão sendo tratados.
São muitos os problemas, e muitas as soluções, e isso, o número de soluções, é em si, um novo problema , quando não se articulam os esforços para solucioná-los. Ocorre que uma discussão muito importante para nossa identidade, é o papel de suas instituições. As instituições podem ser de diversos tipo, governamentais, não governamentais, particulares ou públicas, com ou sem fins lucrativos. Em todas essas possibilidades, estamos falando de pessoas coletivamente organizadas.
Desde Novembro de 2009, o Fórum da Cultura Digital Brasileira, deu iniciativa a 226 formas de possibilidades. Algumas mais concretas que outras, mas todas possíveis. Estamos num momento onde a pletora de ações dissolve o rumo das coisas. Assim, um paradoxo, outro, se coloca: a quantidade de frentes que a cultura digital abre tem se tornado tão ampla quanto a agenda abaixo:
- Digitalização de Acervos
- Laboratórios de criação artística e tecnológica
- Direitos Autorias
- Plano Nacional de Banda Larga
- Televisão Digital
- Mídia Livre
- Culturas Tradicionais
- Liberdade Religiosa
- Liberdade de Gênero
- Educação Livre
- Software Livre
Para fins de comodidade, mas não de importância, o item Digitalização de Acervos, assunto primário desse blog, vem como primeiro. Ocorre que só deste, foram elencados 12 itens, no início do ano, como desejáveis, e que de fato, tiveram, ainda que não muito visíveis ou publicizados, seus desdobramentos. Certamente não foram incluídas nessa lista aspectos fundamentais. Acima estão as que são mais visíveis, desta perspectiva que aqui escreve.
O Filósofo Jacques Derrida, disse uma vez que o acesso ao acúmulo de informação social, seus arquivos, são um índice do quanto essa sociedade compartilha seus valores, os materiais e os morais. A lista acima é um exemplo de uma sociedade nascente na América Latina movendo-se rumo a seu devir. Isso, o devir, é agora o que nos faz móveis, e o movimento é não linear. Essa possibilidade, que o digital tem, permite que os arquivos que estão sendo pensados, as televisões, as produções, enfim, a cultura, seja, ou lute para ser, um pouco mais livre. É complexo, muito complexo, talvez seja o tal efeito das redes…muito descentralizado, mas com pouca direção… O que, talvez não seja nem bom nem mal, se soubermos lidar com o outro nome do complexo: a diferença.
O que antes parecia impossível, lidar com a diferença de milhões ao mesmo tempo, argumento utilizado por muitos, hoje em dia não se sustenta. Um exemplo disso é o projeto Metavid, cujos autores, além de fornecerem inspiração para este post (com a frase de abertura) deram um exemplo concreto do que pode ser feito com XML, vontade política e participação coletiva. O Metavid funciona como uma espécie de observatório dos representantes do povo dos Estados Unidos, na medida que disponibiliza as transcrições das sessões realizadas e gravadas pelo canal CSPAN, uma televisão privada, mas que tem uma missão pública. Algo que ainda estamos aprendendo como equacionar à nossa maneira, por aqui.
Seriam muitos, muitos os exemplos de pequenas coisas que não têm tanta visibilidade, mas que estão em curso. Pelo contrário, há, de vez em quando, grandes anúncios, que tenham menor impacto sobre as pessoas. O tempo dirá.
Fórum da Cultura Digital Brasileira 2010: chamada pública para apresentação de atividades
5 de Outubro de 2010, 0:00 - sem comentários aindaPost publicado em http://culturadigital.br/forum2010/2010/10/05/chamada-publica-para-apresentacao-de-atividades-no-forum-da-cultura-digital-brasileira/
A 2ª edição do Fórum da Cultura Digital Brasileira, a ser realizada entre os dias 14 e 17 de novembro de 2010 na Cinemateca de São Paulo, pretende congregar, conforme ocorreu em 2009, as iniciativas de cultura e comunicação existentes no país que estão conectadas pela rede social CulturaDigital.Br.
Este ano, a proposta é dar visibilidade aos processos emergentes na rede, às diferentes comunidades de práticas e interesses que se organizaram ao longo do ano, levantando questões e propondo formulações para subsidiar as políticas públicas para a era digital, desenvolvidas com pioneirismo pelo Ministério da Cultura do Brasil desde 2003.
O Fórum também pretende, como no ano passado, abrir espaço para expressões artísticas emergentes do mundo das redes, antecipando tendências e apresentando a diversidade cultural brasileira para o público participante.
Para tanto, a programação está aberta a propostas autogestionadas na qual qualquer indivíduo, grupo, coletivo, instituição nacional ou internacional poderá submeter uma proposta de participação para as seguintes áreas:
* O Fórum da Cultura Digital não prevê nenhum tipo de apoio financeiro à realização, quando autogestionadas, das Oficinas, Experiências e Redes.
Forum da Cultura Digital 2010: Fórum da Cultura Digital Brasileira 2010: chamada pública para apresentação de atividades
5 de Outubro de 2010, 0:00 - sem comentários aindaPost publicado em http://culturadigital.br/forum2010/
A 2ª edição do Fórum da Cultura Digital Brasileira, a ser realizada entre os dias 14 e 17 de novembro de 2010 na Cinemateca de São Paulo, pretende congregar, conforme ocorreu em 2009, as iniciativas de cultura e comunicação existentes no país que estão conectadas pela rede social CulturaDigital.Br.
Este ano, a proposta é dar visibilidade aos processos emergentes na rede, às diferentes comunidades de práticas e interesses que se organizaram ao longo do ano, levantando questões e propondo formulações para subsidiar as políticas públicas para a era digital, desenvolvidas com pioneirismo pelo Ministério da Cultura do Brasil desde 2003.
O Fórum também pretende, como no ano passado, abrir espaço para expressões artísticas emergentes do mundo das redes, antecipando tendências e apresentando a diversidade cultural brasileira para o público participante.
Para tanto, a programação está aberta a propostas autogestionadas na qual qualquer indivíduo, grupo, coletivo, instituição nacional ou internacional poderá submeter uma proposta de participação para as seguintes áreas:
* O Fórum da Cultura Digital não prevê nenhum tipo de apoio financeiro à realização, quando autogestionadas, das Oficinas, Experiências e Redes.
Revelando os Brasis: Programa divulga o resultado do IV Concurso Nacional de Histórias
4 de Outubro de 2010, 0:00 - sem comentários aindaPost publicado em http://culturadigital.br/cncbrasil/?p=1888
Quarenta autores de todo o Brasil vão participar das oficinas de formação e de realização audiovisual do projeto, que viabiliza a produção de vídeos digitais a partir de histórias escritas por moradores de municípios com até 20 mil habitantes
O Revelando os Brasis divulgou a lista dos 40 moradores de cidades com até 20 mil habitantes selecionados no IV Concurso Nacional de Histórias. Os autores participarão de oficinas de formação e de realização audiovisual, no Rio de Janeiro, onde estudarão todas as etapas de produção e depois voltarão para os municípios de origem para transformar as histórias em vídeos digitais. A lista dos selecionados está disponível abaixo e no site www.revelandoosbrasis.com.br.
O Revelando os Brasis é realizado pelo Instituto Marlin Azul com patrocínio da Petrobras por meio da Lei de Incentivo a Cultura, com parceria estratégica da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, parceria do Canal Futura e apoio da TV Brasil.
A quarta edição do projeto recebeu 502 inscrições. Todas as cinco regiões brasileiras tiveram representantes selecionados: Nordeste (18), Sudeste (07), Sul (11), Centro-Oeste (03) e Norte (01). Dezessete estados têm histórias escolhidas: Bahia (05 histórias), Rio Grande do Sul (05), Paraíba (04), Espírito Santo (03), Minas Gerais (03), Paraná (03), Santa Catarina (03), Ceará (02), Mato Grosso do Sul (02), Pernambuco (02), Piauí (02), Alagoas (01), Amazonas (01), Maranhão (01), Mato Grosso (01), Rio Grande do Norte (01) e São Paulo (01).
De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 5.568 municípios; desses, 4.006 têm até 20 mil habitantes.
Oficinas – Os autores das histórias selecionadas participarão das Oficinas de Formação e Realização Audiovisual no Rio de Janeiro, entre os dias 04 e 17 de outubro, com todas as despesas pagas. O curso é composto por aulas de introdução à linguagem audiovisual, roteiro, direção, produção, fotografia, direção de arte, som, edição/ finalização, pesquisa, mobilização, direitos autorais e comunicação colaborativa.
Após as oficinas, os selecionados retornarão as suas cidades para transformar as histórias em vídeos com até 15 minutos de duração. Nessa fase, eles contarão com o apoio de uma produtora regional que irá providenciar os equipamentos de câmera e de som digitais.
Os vídeos – Nas três primeiras edições do projeto, entre 2004 e 2009, foram produzidas 120 obras, entre ficções, documentários e uma animação. Os vídeos realizados pelo projeto são apresentados nas comunidades através do Circuito Nacional de Exibição do Revelando os Brasis, que leva uma tela de cinema para os municípios. As produções também são exibidas em um programa de TV veiculado pelo Canal Futura. Na fase seguinte, os vídeos do projeto são lançados em DVD com distribuição gratuita entre organizações sociais e culturais, bibliotecas, universidades e cineclubes de todo o Brasil.
O Revelando os Brasis faz parte de um conjunto de ações para democratizar o acesso aos meios de produção audiovisual, permitindo aos moradores das pequenas cidades o contato com as novas tecnologias e a possibilidade de contar suas próprias histórias. A iniciativa é um instrumento de registro da memória e da diversidade cultural do País e revela novos olhares sobre o Brasil.
(Assessoria de Comunicação SAv/MinC)
(Fonte: Instituto Marlin Azul)