O trabalho desenvolvido pelo Pontão de Cultura Digital do Tapajós já foi tema no final do ano passado de um post neste blog. Na época, publicamos uma entrevista feita com um dos coordenadores do Pontão e também de uma rede de telecentros ribeirinhos nos rios Tapajós e Arapiuns, Paulo Lima, sobre o Fórum Amazônico de Cultura Digital, uma construção coletiva e colaborativa que pretende reunir diversas experiências na área na Região Norte. Dando sequência à proposta, ele e outros articuladores da região promovem na próxima semana uma feira de cultura digital dos bairros a ser realizada em Santarém.
Perto da divisa com o Estado do Amazonas, a cidade fica no Oeste do Pará já em região da Floresta Amazônica. Belém e Manaus são as duas capitais mais próximas, ambas estão a uma hora de vôo ou três dias de barco. A distância geográfica, as dificuldades de acesso à internet e os problemas de infraestrutura são alguns elementos presentes na realidade das pessoas que trabalham com cultura digital por lá. Nem por isso, iniciativas inovadoras deixam de acontecer.
Jader Gama, um dos idealizadores da feira, a ser realizada de 17 a 19 de março, conta que dentre as atividades da feira estão oficinas, incluindo de produção multimídia independente e de web rádio comunitária, feira de economia solidária, de troca e apresentações culturais de grupos da região. O evento é gratuito, mas pensando em chamar a atenção para um grande problema local, o lixo, as oficinas serão “pagas” em garrafas pet. “Dez garrafas pets vão valer uma muiraquitã, a moeda complementar criada para essa troca.”
Abaixo, Jader e Paulo falam um pouco mais sobre o evento e as atividades desenvolvidas por lá:
Grupo de discussão: Fórum Amazônico de Cultura Digital
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