Postado por Marco Antonio Konopacki (O Amarelo)
No Blog de Desenvolvimento
O Cultura Digital se coloca como uma rede de articulação descentralizada, capitaneada pelo Ministério, mas com uma gestão autônoma deste. Neste caso, o Ministério e outras entidades do setor público envolvidas, são os chanceladores (mas não só também porque também devem compor a gestão de forma paritária) que garantem direitos de manifestação do conjunto de iniciativas que compõem a rede.
Por isso, acho que podemos caminhar para o fortalecimento e, por que não, na inovação da forma de gestão desse recurso. Durante esse processo, surgiram idéias e conceitos que podem inovar a Cultura Digital e concretizar bandeiras no campo da comunicação e da cultura que seriam importantes contribuições para os processos de conferência que enfrentaremos agora. Uma delas seria a criação do primeiro servidor público de serviços e conteúdo.
Para uma contribuição inicial, eu tenho algumas sugestões para o Cultura Digital. A primeira seria a construção de um manifesto e um regimento para o CD. Não sei se a melhor forma de composição seriam entidades ou pessoas em torno da gestão, isso é uma coisa a amadurecer. Com este manifesto, teríamos a afirmação de alguns compromissos que, para mim, são fundamentais: a não interferência na rede, a garantia de continuidade da rede, a garantia de estrutura de comunicação e servidores, a garantia ao acesso e a manifestação, o direito a acesso as informações e aos dados (no mínimo os dados gerados por mim. Quando falo isso é o acesso ao banco de dados mesmo), etc. Aqui acho que poderíamos melhorar o conjunto de direitos que acreditamos serem fundamentais para qualquer membro do Cultura Digital. De qualquer maneira, acredito que podemos estender e criar funções de código (framework) para as pessoas compartilharem informações entre si nos seus Blogs.
Acho que com isso consolidado, podemos pensar como essa rede poderá se auto-construir, inclusive com apoio grosso de desenvolvimento. Aí já partindo para o lado técnico da coisa, mas nunca desvinculado do político. Acredito que o tema do Cultura Digital deveria ser publicado sob licença GPL e deva ser permitido a cada usuário da Cultura Digital montar seu próprio tema, o qual teria uma senha ao repositório SVN do CD e poderia escrever na sua área de tema, e ter acesso a leitura de todo o código do site. Acho que seria interessante termos um manual de construção da rede (e uma framework do CD para este desenvolvimento). Aí, podemos estimular que as pessoas montem seus próprios temas e contribuam com código para a rede. Acredito também que seja interessante uma área de construção de plugins para a galera estender as suas ferramentas. Os Pontões de Cultura digital que tem como foco desenvolvimento, poderiam dar uma boa mão nisso.
Acredito que essas são as contribuições iniciais para este debate. Espero que possamos avançar e consolidar o Cultura Digital como o instrumento que irá revolucionar a forma de articulação entre grupos e entidades ligadas a luta pela cultura e comunicação. Um espaço bacana para debatermos isso será a conferência livre de comunicação e cultura em Recife.
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