Apresentação
Salve, salve pessoal! Bem-vindos os que já estão e os que ainda virão.
Venho aqui me apresentar e levantar já algumas idéias para esse nosso trabalho aqui.
Sou Oona Castro - um nome desses quase dispensa sobrenome -, jornalista, formada pela Faculdade Cásper Líbero em SP.
Mudei pro Rio 4 anos atrás e desde 2007 sou coordenadora-executiva do Instituto Sociocultural Overmundo.
A quem interessar possa, breve apresentação do meu trabalho
Ao longo dos últimos anos, me envolvi com estudos no campo da economia da cultura. Mas principalmente a partir de uma perspectiva da apropriação de novas tecnologias e de sua utilização na produção e difusão cultural.
O meu trabalho, nos últimos anos, me obrigou - com muito prazer - conhecer e estudar uma série de “casos” (termos melhores seriam ‘pessoas’, ‘experiências’, ‘iniciativas’, ‘coletivos’, ‘comunidades’, ‘grupos culturais e sociais’) que criaram modelos de produção, difusão ou acesso a conhecimento, cultura e informação, que - por diversos motivos - subvertiam - em maior ou menor grau - as formas tradicionais de produzir, difundir e acessar conteúdo.
Antes disso, tinha me debruçado sobre a crise econômica pela qual passou a imprensa entre 1999 e 2003 - cuja origem encontrava respostas na forma como o mercado reagiu às promessas do Plano Real, ao estouro da bolha da internet, entre tantos outros fatores que afetaram o setor. E minha experiência no governo eletrônico de São Paulo foi fundamental para pensar a internet não só como ferramenta mas também como um espaço social, em que há disputas em jogo, onde algumas desigualdades persistem, mas que certamente sugere novas lógicas, novos modelos de troca, outras formas de colaborar, de pensar, de trabalhar.
E é por novas formas de colaborar, pensar e trabalhar, que estamos aqui
Recentemente, aqui mesmo, alguém me perguntou como eu pretendia abordar economia digital, como eu definia economia digital. Como curadora, eu gostaria de propor algo diferente de uma resposta. Prefiro me dedicar à tarefa de definir os pontos a serem explorados aqui. Proponho, então, que nosso primeiro desafio seja estabelecer os marcos (ou framework para os anglicistas) dentro dos quais vamos trabalhar. Acho importante pactuarmos o conceito.
Faço aqui então uma proposta de agenda e plano de trabalho pra partirmos pro debate - claro, aberta a mudanças:
Quanto antes, melhor: atualização no perfil das atividades desenvolvidas, do trabalho que realiza, do histórico de vocês e de seus coletivos, grupos, instituições etc.
Até 16 de agosto: definição do escopo do debate e do conceito Economia Digital. (Debate sobre definições, com compartilhamento de textos que subsidiem o debate e delimitação dos usos do termo). Questões: O que é economia digital? Qual é o objeto da economia digital? A economia digital está circunscrita à rede ou ela a extrapola? Quais são as premissas, os potenciais, e os desafios (limitações ou problemas) da economia digital? Quem são hoje os principais atores da economia digital? Que transformações às relações econômicas o mundo digital já traz?
(Como pontapé para o debate, vocês podem ler aqui o texto que apresenta definições de cultura digital do proposto por este Fórum e texto completo, no site do MinC)
Até 31 de agosto: Objetivos e políticas públicas para a economia digital. Questões: o que queremos na e da Economia Digital? O que é possível dentro da economia digital? Por que políticas públicas são importantes para a economia digital? Que políticas privadas são caras à economia digital?
Até 07 de outubro: relatos e estudos de casos - experiências que têm sido fundamentais à transformação das relações econômicas no mundo digital. Proposta e ajuste de questionário padrão para entrevistas e mini pesquisas com atores, coletivos, iniciativas relevantes na nova ordem criada pela economia digital.
Até 31 de outubro: levantamento de dados sobre a cultura digital (seja dos casos estudados ou de outras iniciativas de alta relevância).
Até 30 de novembro: sistemtização das informações e dados compilados.
Até 05 de janeiro: relatório final com propostas de poíticas públicas - ligadas ou não ao estado - relativas à economia digital. Relatório deverá ter 3 dimensões: legislativa, de políticas de estado, de iniciativas autônomas.
Qualquer dúvida, proposta, crítica, vamos dialogando.
Saudações
Oona
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