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Framework Demoiselle apresenta novidades no Consegi

11 de Agosto de 2010, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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http://softwarelivre.org/articles/0013/0943/Demoiselle_Framework.gif?1255712781O Demoiselle Framework é uma integração de várias tecnologias de software e uma arquitetura de referência. Agora, em 2010, será realizado o I Encontro Demoiselle, com palestras e discussões a respeito da sua usabilidade e sua importância para o governo eletrônico. O tema será abordado por: Antônio Carlos Tiboni, da Coordenação de Tecnologia do Serpro; Bruno Souza, presidente do SouJava e coordenador do Núcleo de Computação em Nuvem do LSI/USP; e Fabiane Bizinella Nardon, líder do grupo de pesquisa de computação na nuvem do LSI/USP.

Confira a entrevista com Antônio Carlos Tiboni sobre o que mudou no governo eletrônico desde a criação do Demoiselle, em março de 2009, e sobre as principais atrações do congresso.

Como você divide o pré e o pós-Demoiselle?
Antes da criação do projeto Demoiselle, não tínhamos um padrão no desenvolvimento de aplicações no Serpro e nem em outras entidades do governo. Agora, todos os sistemas comprados ou desenvolvidos para órgãos federais deverão utilizar a plataforma Demoiselle. As linguagens e outros aspectos que balizaram a elaboração da plataforma constituem padrões, o que facilitará sua adoção, não só por parte dos responsáveis pelas áreas de TI nos órgãos federais, como também pelas próprias empresas fornecedoras de soluções para o governo. Deste modo, o Governo Federal não precisará comprar produtos, mas, sim, contratar serviços, para os quais não necessitará de treinamentos específicos.

A adoção do Demoiselle pretende acelerar a integração de sistemas, aumentar a produtividade e eliminar o retrabalho. As premissas que nortearam a elaboração da Demoiselle estabeleciam que a plataforma deveria ser extensível, fácil de usar, estável, configurável, confiável e ter sua documentação publicada, objetivando atingir padronização, redução da curva de aprendizagem, maior produtividade, simplificação dos processos, reutilização de códigos e uma manutenção mais simplificada.

Você falou muito nas empresas do governo, mas e o mercado privado? O que ele ganha com o Demoiselle?
Com o Demoiselle, o governo não precisa se preocupar em fazer todo o desenvolvimento de seus sistemas, podendo contratar a iniciativa privada, controlando a tecnologia e ajustando a sua operação depois. Desta forma, ganham tanto o governo quanto as empresas privadas. Com o não pagamento de licenças de software, a expectativa é de que haja redução de 50% nos custos de operação e manutenção dos sistemas. Além disso, a ferramenta não se limita a aplicações para o governo, podendo ser utilizada livremente.

Qualquer pessoa pode baixar e utilizar o framework?
Sim, qualquer pessoa pode baixar o código do Demoiselle, criar aplicações e vendê-las, sem ter que investir em infraestrutura de software para desenvolvimento. A arquitetura de acoplamento fraco, orientada a componentes, permite que qualquer desenvolvedor customize o Demoiselle para seus propósitos particulares. Ou seja, o Serpro está fomentando a indústria nacional de software ao oferecer, para os desenvolvedores, uma plataforma completa que integra diversas tecnologias e frameworks especialistas, além da experiência dos projetos em Java construídos no Serpro, presentes nos padrões adotados na codificação.

Essa oportunidade de negócio é assegurada pelo fato de o Demoiselle ser disponibilizado sob a licença LGPL 3. Qualquer componente utilizado ou desenvolvido para ele deve ser compatível com essa licença. Mas a LGPL, ao contrário da GPL, não obriga os softwares gerados com o Demoiselle a serem livres e abertos. Essa flexibilidade dá ao desenvolvedor a liberdade de escolher se quer ou não abrir suas aplicações, permitindo a criação de softwares proprietários, conforme a conveniência ou necessidade.

Ressaltando o aspecto da licença, apesar de ter sido feito para atender ao Governo Federal, o Demoiselle é um software livre e o seu desenvolvimento é feito de forma colaborativa. Assim, você também pode ajudar na sua evolução, quando reporta erros, sugere melhorias, submete código, ajuda na documentação, traduz, ou, simplesmente, diz que está usando-o.

O Consegi deste ano tem como tema principal, a Computação em Nuvem. Como o Demoiselle se insere neste contexto?
Existem duas possibilidades. A primeira possível é a hospedagem de aplicações Demoiselle em uma nuvem. A segunda, que pode ser incluída no roadMap do projeto, é a disponibilização de um ambiente de desenvolvimento Demoiselle por meio de uma nuvem.

O Bruno Souza [presidente do SouJava] demonstrou que é muito simples colocar uma aplicação Demoiselle, na nuvem. No último dia do XI FISL (Fórum Internacional de Software Livre, realizado na cidade de Porto Alegre), ele criou uma aplicação com o Demoiselle Crud, rodando sobre a OpenJDK, e a carregou para a nuvem da Amazon.

Neste Consegi, ocorrerá o I Encontro Demoiselle. Qual o principal objetivo deste evento?
A ideia é que ele seja anual, para a comunidade se reunir para apresentação de trabalhos, discussão das tecnologias envolvidas e analisar os rumos do projeto.

Você vai realizar três das cinco palestras do encontro. Uma delas é sobre as novidades do Demoiselle. Que novidades são estas?
As principais novidades que vou abordar são: Monitoração de Aplicações Java com Demoiselle Monitoring; Produtividade em Java com Demoiselle CRUD; e Processo Ágil de Desenvolvimento. E falarei também do livro técnico do projeto a ser lançado em PDF, com possibilidade de publicação impressa no futuro.

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Saiba mais sobre o Encontro Demoiselle. Acesse o sítio do Consegi.

* fonte: Comunicação Consegi


Fonte: Vitorio Furusho

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