#GlobalRevExp #HackSur: Investigando os movimentos-rede no México, Brasil e Espanha
16 de Julho de 2015, 6:17
Dias 13 e 14 de Julho, no Centre Cívic Pati Llimona, em Barcelona, foi o marco do encontro entre pesquisadores e ativistas locais e internacionais #GlobalRevExp, que analisaram as transformações tecnopoliticas dos últimos anos.
Na primeira conferência (#HackSur: pesquisando os movimentos-rede do México, Brasil e Espanha), os palestrantes Javier Toret, Alberto Escorcia, Marcelo Branco, Guiomar Rovira e Rossana Reguillo aportaram seu olhar sobre os fenômenos que estão ocorrendo nestes paises.
Leia mais (em castelhano)
Espanha: um laboratório de experimentação de democracia direta 4 anos depois da revolta dos indignados
14 de Maio de 2015, 18:57Quatro anos pode ser uma eternidade ou apenas um momento. Para Javier Toret e Pablo Soto, e o que eles estão fazendo, é um tempo muito curto. Os dois estávam em maio de 2011 aquecendo os motores do movimento #15M dos indignados na Espanha. Os dois participam hoje de novas plataformas políticas eleitorais, em Barcelona en Comú y Ahora Madrid respectivamente, que concorrem a prefeitura nas duas principais cidades da Espanha.
Para Marcelo D'Elia Branco, ativista de Software Livre do Brasil, essas experiências podem ter uma implicação para além das fronteiras espanholas.
Branco, que também participou na conferência organizada pelo D-CENT no Centro de Cultura Contemporânea (CCCB), recorda a onda de protestos e movimentos cidadãos que ocorreram desde 2011 em diferentes países do mundo, após a Primavera Árabe, e acredita que a Espanha é "o único lugar onde a energia da rua pode se tornar institucional."
"Estes são partidos em formação, com muitas coisas para resolver, mas podem ser um laboratório para novas práticas dos movimentos sociais em rede. Segundo ele, abre a possibilidade de mudar a democracia representativa, que está esclerosada e não é uma democracia real", diz ele.
Leia em castellano:
Dia 5 em Barcelona: democracia em rede para um novo governo das cidades
26 de Abril de 2015, 21:53
Fui convidado pelo D-CENT, para participar de um projeto europeu orientado à criação da próxima geração de ferramentas e aplicações, que serão desenvolvidas descentralizadamente, para a proteção da privacidade e potencilizar os direitos dos cidadãos. Gostei da idéia de compartilhar e aprender mais nesta área que estou tanto envolvido nos últimos anos.
O D-CENT aspira a mudar os processos de tomada de decisões para facilitar à cidadania e aos movimentos sociais a participação no processo político e na transformação social. A primeira reunião presencial será dia 04 de maio em Barcelona. E no dia seguinte, nos marcos do D-CENT, acontecerá um evento público no Center de Cultura Contemporànea de Barcelona, CCCB, com o tema "Democracia em rede para um novo governo das cidades". O evento reunirá reconhecidos atores políticos, acadêmicos, ativistas, associações da sociedade civil e hackers com objetivo de debater o futuro das cidades democráticas.
Minha participação no evento será nesta mesa:
Experiments of democratic participation in Cities, A European perspective
Chaired by Fabrizio Sestini
– Joonas Pekkanen, Forum Virium Helsinki and Open Ministry, Helsinki
– Robert Bjarnason, Citizens Foundation, Reykjavik
– Hille Hinsberg, Praxis Estonia
– Sören Becker, Author of energy democracy in Europe
– Marcelo Branco , InfoLibero, Brazil
Mais informações sobre o evento de Barcelona:
Redes, Movimientos y Tecnopolítica IN3 Universitat Oberta de Catalunya
Center de Cultura Contemporànea de Barcelona
#globo45 #5anos! o ano que não teve vídeo de aniversário da Rede Globo #globo50
26 de Abril de 2015, 20:34 O dia em que derrubamos, nas redes sociais, o teaser publicitário de aniversário da Rede Globo:
"Na manhã desta segunda-feira (19), Marcelo Branco - responsável pela coordenação da campanha de Dilma Rousseff (PT) na internet - afirmou em seu perfil no Twitter que a TV Globo faz propaganda disfarçada para José Serra (PSDB) em seu jingle de comemoração de 45 anos.
Na tarde a Rede Globo retira do ar a publicidade e emite nota oficial: "a Rede Globo não pretende dar pretexto para ser acusada de ser tendenciosa e está suspendendo a veiculação da campanha.”
Organizações entregam carta à Presidenta @Dilmabr sobre o acordo com o Facebook. Leia aqui!
23 de Abril de 2015, 0:00São Paulo, 23 de Abril de 2015
À Exma.
Presidente da República Federativa do Brasil
Sra. Dilma Roussef
Att.: Carta à Presidente Dilma Roussef sobre o acordo com o Facebook
(en castellano aqui)
Exma. Sra. Presidente,
As organizações e indivíduos abaixo assinados vêm por meio desta manifestar sua contribuição ao debate com relação ao recente anúncio realizado por Vossa Excelência durante a 7º Cúpula das Américas sobre o estabelecimento de uma parceria com o Facebook para a implementação do projeto "Internet.org" no Brasil.
Acordo do governo @DilmaBR com o Facebook mobiliza ativistas contrários em todo mundo
20 de Abril de 2015, 12:40
O plano do Facebook, Internet.org, em parceria com as operadoras de telecomunicações globais é oferecer aos pobres dos países em desenvolvimento uma Internet sem o acesso universal. Uma Internet onde a corporação e o governo nacional escolhem por onde os pobres poderão navegar. Em outras palavras, é a quebra da neutralidade da rede. Alguns governos seduzidos pela proposta, chamam isso de inclusão digital.
Além disso, não podemos esquecer as denúncias de Edward Snowden e Julian Assange, em que a plataforma do Facebook é uma das principais portas de entrada para a espionagem em massa da #NSA.
O recente anúncio, durante 7ª Cúpula das Américas, de um acordo do governo brasileiro com o Facebook, deixou ativistas do mundo todo com os cabelos em pé e mobilizados priorizando a batalha que está aberta aqui no Brasil. Numa entrevista a blogueiros no Palácio do Planalto, Dilma Rousseff disse que não assinou nada e que vai discutir o tema em junho, quando Zuckeberg visita o país. O blogueiro Renato Rovai perguntou se ela chamaria o movimento social da internet livre pra discutir o projeto. Ela garantiu que sim. E disse que só assinará qualquer acordo depois de muito debate.
Ativistas e organizações sociais brasileiras escreveram um carta a Dilma, esclarecendo a posição contrária a um possível acordo com o Facebook nos termos da Internet.org e solicitando participação efetiva na discussão. Graças ao #marcocivil da Internet, no Brasil acordo nos moldes da Internet.org não podem acontecer pois fere um dos princípios basilares da carta magna da Internet que é a neutralidade da rede.
Referências:
Carta Capital: Por que criticar, desde já, uma parceria entre o Governo Federal e o Facebook?
Sérgio Amadeu: Acordo Dilma-Zuckerberg concentra o tráfego da rede e pode violar Marco Civil
El Diário: Ativistas da América Latina e Índia se levantam contra acordo Internet.org
¿Tú también, Brasil? - EFF
La Iniciativa de Facebook y sus Aliados Nos Dejan SinInternet.org
An open letter to Mark Zuckerberg on Net neutrality
Internet.org, Dilma e Facebook: não é sobre exclusão digital e sim presença de mercado
Da neutralidade da rede ao feudalismo na rede
Neutralidade de rede: um forte motivo para Dilma não curtir o Internet.org
Manuel Castells: Brasil la calle neoliberal (15 de marzo)
27 de Março de 2015, 19:32
BRASIL: LA CALLE NEOLIBERAL
(publicado originalmente no jornal La Vanguardia - Barcelona em 28/03/2015)
Volvieron a las calles de Brasil, por cientos de miles, el 15 de marzo,- como en junio del 2013. Pero no es la misma calle, aunque la corrupcion politica sigue siendo el centro de la protesta. No es la misma calle por lo que piden ni por quienes lo piden.
Piden la destitucon de la Presidenta Dilma Roussef, del PT, re-elegida en octubre pasado. Piden menos intervencion del gobierno, menos impuestos, menos sistema publico, mas privatizacion economica. Y piden un cambio del sistema politico, incluyendo a todos los partidos en la corrupcion, aunque algunos sectores salvan a Aecio Neves, derrotado opositor de Dilma Roussef. En una franja minoritaria del movimiento hay llamamientos a un golpe militar como unica forma de salvar a Brasil de los politicos. Paradojicamente, al tiempo se denuncia el autoritarismo de un estado bolivariano y se llama a la protesta fuera de las instituciones.
No son los mismos. Los principales nucleos de las redes sociales de las movilizaciones del 2013 son poco activos. Segue...
“A internet veio para bagunçar o coreto do intermediário” – Entrevista JornalismoB
9 de Dezembro de 2014, 11:28
“A internet veio para bagunçar o coreto do intermediário” – Entrevista com Marcelo Branco
Aos 53 anos e trabalhando na área de tecnologia da informação desde os 16, Marcelo Branco é um dos mais respeitados pensadores – e ativistas – das redes sociais digitais e de seus usos políticos. Acompanhou de perto a virada do que eram os sistemas analógicos para a digitalização e, militante petista, com a ascensão da luta pelo Software Livre passou a misturar o trabalho profissional com o ativismo político. Organizou os primeiros Campus Party no Brasil, e, em 2010, coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT) nas redes sociais. Diz estar curioso com os movimentos sociais de novos formatos, desafiado por compreender o que há de comum entre as mobilizações que ocorreram no mundo árabe, na Espanha, em Wall Street, no México e no Brasil, “que nascem na internet, se encubam na internet, se fortalecem nas ruas, se alimentam nas redes e, em algum momento, viralizam como um viral de internet, e a revolta generaliza”. É a partir daí que começa a entrevista que concedeu ao Jornalismo B:
Se colocam assim potencialidades e limitações desse tipo de movimento. No Brasil, por exemplo, explodiu rápido e também recuou rápido. Isso é um pouco característico da própria internet?
Esses movimentos só foram possíveis porque existe a internet, no mundo inteiro, todos eles. Se não tivesse a internet, isso não teria acontecido. Segundo: a força dos movimentos mais organizados – Movimento Passe Livre, Bloco de Lutas, Mídia Ninja –, que são grupos organizados ativos, que tiveram um papel bastante importante no Brasil, ela não é o único fator que determinou aquela explosão, falando no nosso campo, o campo popular de esquerda....
junho de 2013 e as eleições presidenciais
19 de Setembro de 2014, 21:06
No texto que escrevi ano passado especialmente para o “Dossiê La Vanguardia”terminei com uma avaliação positiva da proposta que a presidenta Dilma fez durante as manifestações de junho, propondo uma assembléia nacional constituinte e um plebiscito pela reforma política: "Meu governo está ouvindo as vozes democráticas que pedem mudanças", garantiu. Na ocasião, Dilma defendeu um “grande pacto ”por maiores investimentos nos serviços públicos de saúde, educação, transporte coletivo e propôs um plebiscito sobre a realização de uma reforma política através da convocação de uma assembléia nacional constituinte.”
Avaliei, no final, que “o êxito político da presidenta Dilma dependeria em muito da forma como resolveria, na prática, o tensionamento gerado pelas velhas estruturas, alianças e práticas políticas que pressionam o governo contra as reformas anunciadas e os novos ventos e furacões que vêm das ruas gritando por mais participação e democracia direta.”
Quinta: Qual o legado das manifestações de junho? Debate nos bancários com transmissão pela internet
29 de Julho de 2014, 20:10
Um ano após as manifestações de junho, o Partido dos Trabalhadores de Porto Alegre me convidou para participar de um debate sobre o tema. Aceitei de pronto o convite do Erick da Silva pois é um tema que tenho me dedicado a tentar compreender e elaborar na perpectiva da tecnopolítica, isto é, qual o papel que a revolução digital e a internet estão tendo neste contexto e os elementos comuns com as demais revoltas interconectadas que sacodem o mundo desde 2011. Minha contribuição para a esquerda tradicional, que marcou muito na minha atual formação, é de tentar compreender e analisar este novo e rico momento. Os movimentos sociais em rede, são horizontais, sem lideranças definidas, encubam na Internet, transbordam pras ruas e viralizam a indignação numa perpectiva massiva e radical. Tentar compreender este momento, além de uma mera disputa eleitoral, é o dever de todo militante político revolucionário. Um momento político de massas-rede onde pela primeira vez milhoẽs de jovens e adolescentes, nativos digitais brasileiros, despertaram para a política numa revolta anti-sistema histórica. Sugiro a leitura de um artigo que trato deste tema publicado pelo "La Vanguardia" de Barcelona.
Estarei acompanhado na mesa por Clarissa Alves da Cunha (vice-presidente nacional do PT) e Marcelo Sgarbossa (vereador do PT-POA).
E teremos ainda uma atração cultural com Mari Martinez (voz) e Lucas Hanke (violão)
Dia 31 (quinta-feira) no Bar Alho Poró do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre
General Câmara, 424.
Ao Vivo pela Internet!
Caso tu nãos possas comparecer, poderás assistir tudo pela internet por aqui mesmo.
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