Y la nieve ardía, por Manuel Castells
28 de Dezembro de 2019, 10:00Un viento helado recorre el planeta azul congelando nuestros sueños bajo una capa de nieve sucia. Pese al calentamiento global. O, más bien, en parte por eso. Huracanes, inundaciones, incendios, sequía, calor sahariano, frío polar y tsunamis más o menos democráticos, todo a la vez. Y los océanos crecen, amenazando con engullir islas y litorales, ahogando a miles y convirtiendo a millones en nuevos refugiados que nadie está dispuesto a acoger. Mientras los científicos se desgañitan en analizar y predecir y los niños del mundo protestan para que les dejemos su herencia, el Congreso se divierte. Reuniones de alcurnia, discursos altisonantes, dineros malgastados y capas de ozono devoradas por aviones transportando a miles de burócratas y políticos de un lado a otro para repetir siempre lo mismo, mantener en tensión a los medios y al final no tomar en serio el riesgo que corremos como especie. O aún peor, saberlo y no actuar, esperando jubilarse antes de que llegue el apocalipsis.
Manuel Castells: Explode América Latina
28 de Novembro de 2019, 0:48
Manuel Castells
Equador, Chile, Bolívia, Colômbia. As ruas protestam lá onde as pontes com as instituições se romperam. Uma densa nuvem de gás lacrimogêneo, misturada com a poluição ambiental, torna o ar irrespirável. Cada protesto tem uma causa específica. No entanto, formas comuns de expressão. Os jovens, homens e mulheres, são a vanguarda. Perderam o medo e lutam pelos mais velhos. Suas redes digiais os empoderam e os mobilizam, não necessitam de líderes. A repressão policial é violentíssima. Os instrumentos que causam danos se multiplicam. Tecnologias que furam olhos, fraturam crânios, asfixiam pulmões, desfiguram rostos. E quando não bastam, balas. A contabilidade de mortos vai aumentando. Mesmo assim, os manifestantes perderam o medo e enfrentam a polícia, com violência crescente. SEGUE
“Ou nos atualizamos, ou desaparecemos”
17 de Novembro de 2019, 18:58
Sobre as ‘jornadas de junho de 2013’, ‘guerra Híbrida’ e “Redes de Indignação e Esperança”
No último sábado fui convidado a participar de uma mesa na feira do livro de Porto Alegre com o amigo e autor do ótimo livro “Guerra Híbrida Contra o Brazil, Ilton Freitas. Na oportunidade, fiz algumas anotações com objetivo de contribuir com o debate, levando em conta o meu acúmulo e entendimento de um período histórico recente que começou a mudar a história do Brasil. O Ilton, numa entrevista no jornal sul21, afirmou:
"Tento demonstrar que a Guerra Híbrida, movida pelo império norte-americano, esteve por trás das ditas “jornadas de junho de 2013”
A minha análise parte do ponto de vista das exatas e da comunicação.
Exatas pois os dados e estatísticas das pesquisas nas redes, nas ruas e nas mídias de massa, são o ponto de partida. Da comunicação, porque entendo que houve uma alteração no padrão de comunicação com a massificação do uso das redes sociais da internet, com o crescimento da capacidade autônoma de comunicação e, por consequência, isso está sendo determinante na formação da opinião pública e pelas novas dinâmicas e estruturas dos movimentos sociais do século XXI.
Na comunicação, acontece o declínio da hegemonia das mídias de massa broadcasting - rádios, tvs, impressos, portais - e uma nova forma de comunicação assume o protagonismo nas disputas - a "autocomunicação de multidões". Aqui, no uso desse termo, faço um remix com o conceito “autocomunicação”[1] do Manuel Castells e de “multidões”[2] de Toni Negri e Michael Hardt . Nesse período as conversas interpessoais de indivíduos conectados em rede dão o tom na formação da opinião pública.
SEGUE-
Manuel Castells: Arde Barcelona. Pero también Santiago. Y Hong Kong. Y Quito. Y hasta hace poco Paris.
25 de Outubro de 2019, 9:38
Explosiones sociales
Arde Barcelona. Pero también Santiago de Chile. Y Hong Kong. Y Quito. Y hasta hace poco París. Y múltiples focos de indignación a lo largo de este planeta en crisis ecológica, social y política. Las causas son diversas, pero las reacciones y el paso del movimiento pacífico al enfrentamiento con el orden establecido son muy similares. Reivindicación de salir del olvido de las regiones marginadas francesas. El precio del combustible en Ecuador. Aumento de tarifas del metro y la creciente carestía de la vida en Santiago. Demanda de derechos democráticos en Hong Kong. Lo común es que en ninguno de esos casos y otros muchos han existido canales políticos e institucionales para negociar: el Estado se ha cerrado en banda y la respuesta han sido los antidisturbios y el ejército. Empieza a tener sentido (y lo digo con tristeza) el análisis de mi reciente libro sobre la crisis de la democracia liberal, donde mostré que la gran mayoría de los ciudadanos no confían en los partidos políticos, no se sienten representados por parlamentos y gobiernos y piensan que la clase política en su conjunto está atrincherada en la defensa de sus intereses y de su corrupción. La democracia no existe, por muchas elecciones que se hagan, si no anida en la mente de los ciudadanos. Es esa confianza en las instituciones la que está siendo puesta en cuestión, induciendo, en primer lugar, nuevas alternativas políticas de izquierdas o derechas. Y cuando estas tampoco funcionan (porque las estigmatizan como populistas y van a por ellas las cloacas del Estado y los medios de comunicación), no queda más que la calle, las acampadas, las manifestaciones. Y a la violencia de las tropas de élite responden espontáneamente los que no pueden ya contener la rauxa –palabra catalana que siempre ha acompañado al seny cuando desborda el sentimiento de injusticia y faltan canales de expresión institucional–.
La fuente de esa violencia puntual es la frustración política de toda una generación... segue aqui
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Porto Alegre, a unidade em primeiro lugar
13 de Outubro de 2019, 21:28Não é de hoje que os partidos de esquerda nos devem uma unidade para enfrentarmos as eleições em Porto Alegre. Creio que a maioria das pessoas progressistas e de esquerda de nossa cidade não aceitam mais que os diferentes interesses internos dos partidos estejam acima da construção de uma confluência de forças capaz de vencer as próximas eleições. Esse sentimento e significado de uma unidade entre o PT, PSOL e PCdoB, desde o primeiro turno, ecoa nas conversas das ruas e das redes e desperta um sentimento de otimismo com a possibilidade. Sim, assim podemos ganhar!
Acredito também que não podemos deixar que essa construção passe somente pelas instâncias internas dos partidos, pelas reuniões entre os dirigentes ou pelas ‘frentes de entidades’. Precisamos construir uma confluência de cidadãos comuns, filiados ou não aos partidos, que ajudem a empurrar por um amplo movimento político pela unidade. Essa confluência de cidadãos entra como um quarto elemento, além dos três partidos, nessa tentativa de unidade e talvez seja a mais importante nesse momento. Bora lá construir esse fórum!
A realização de prévias, defendidas publicamente pelo Tarso Genro e pelo PSOL,com a qual eu tenho grande simpatia, não garante a unidade real se não for precedida de um grande acordo pela unidade, vindo dos partidos políticos. ...
Internet e democracia
16 de Março de 2019, 14:54
Os valores éticos e de cidadania das sociedades redes, onde a autocomunicação de multidões é a formadora de opinião, estão em disputa como nunca antes.
Os hackers e acadêmicos, os primeiros habitantes do ciberespaço e criadores da Internet, vislumbraram um futuro libertário, de democracia real, dos comuns sem intermediários, de compartilhamento do conhecimento, das artes, de liberdade de expressão plena e de novas possibilidades criativas ilimitadas.
Nesse momento, predomina em nossas preocupações, um cenário em que as redes de relacionamentos estão a serviço da vigilância em massa, do controle e manipulações. Intermediadas por algoritmos, análise das emoções, inteligência artificial, vigilância em massa, uso de dados privados e máquinas tecnológicas para a segmentar públicos e espalhar fake e junk news customizados, corroem a democracia e legitimam o populismo tosco da extrema-direita de Trump, Bolsonaro e Vox.
Penso que só poderemos retomar a rede como um espaço próximo ao idealizado pelos criadores com iniciativas concretas de participação cidadã, novos movimentos que rompam o cerco dos oportunistas endinheirados que financiam e se alimentam da ignorância, disseminam o ódio e a intolerância através das redes.
Que o combalido poder público tome atitudes, que não deixe impune quem financia tudo isso.
Que os poderes midiáticos corporativos tomem atitudes e saiam da cumplicidade passiva diante desse cenário que os transformará em obras de um museu da democracia liberal.
De uma coisa eu tenho convicção, não será possível fazer essa virada com as mesmas formas e com as mesmas estruturas da era industrial.
Feminismo: Alerta Roja #8M - Manuel Castells
8 de Março de 2019, 13:21FEMINISMO: ALERTA ROJA
Manuel Castells
Los millones de mujeres que ayer salieron a las calles del mundo, lo tienen muy claro: ni un paso atras. Porque ha llegado el momento decisivo de su lucha por el derecho a existir. Es precisamente porque han conquistado un cierto reconocimiento social e institucional como seres humanos iguales a cualquier otro que se estan generando reacciones violentas de los machos ibericos. “Ladran, luego cabalgamos”, decia el clasico. Pero cada vez con mayor riesgo, porque aquellos hombres incapaces de aceptar la nueva cultura igualitaria han tocado a rebato, en lo personal y en lo politico. La violencia domestica aumenta porque a la que sale respondona se la somete a golpes como siempre se hizo. Para eso sirve la fuerza fisica superior, aunque esto va siendo distinto conforme las mujeres aprenden tecnicas de defensa personal. Los hombres estamos cambiando pero hay un pasado milenario de dominacion que llevamos inscrito en nuestras redes neuronales. Y como las mujeres si que han cambiado y han asumido la plena conciencia de sus derechos, el conflicto es inevitable en muchos casos, hasta que los hombres redefinamos nuestra masculinidad en terminos de igualdad y complementariedad sin los cuales el amor y la familia se haran imposibles.
La contraofensiva machista se expresa intensamente en el espacio politico, en Espana y en el mundo.
Manuel Castells: Conspiração contra a Europa - um projeto da extrema direita coordenado por Steve Bannon
18 de Janeiro de 2019, 12:58Las elecciones al parlamento europeo el 26 de mayo son decisivas para el proyecto europeo. Los ultra-nacionalistas en ascenso se han fijado como objetivo la constitucion de un bloque de bloqueo de las politicas europeas comunes ( un tercio de los escanos) que, junto con su presencia en diversos gobiernos, reviertan Europa a un sistema de naciones limitadas en su colaboracion a acuerdos especificos, siempre priorizando los intereses nacionales. Tambien defienden la reduccion drastica de la inmigracion, el enfrentamiento con el Islam en defensa de la Cristiandad, y la restauracion del patriarcado tradicional, eliminando la proteccion a los derechos homosexuales y a las mujeres. Lo que era una tendencia en toda Europa, ejemplificada en Espana por Vox y un sector del PP, esta convirtiendose en un proyecto coordinado. En estos dias se prepara en Bruselas el lanzamiento de una fundacion denominada “El Movimiento”, impulsada por Steve Bannon,
#EleNão Mulheres do Brasil, ocupam as redes e ruas pra derrotar o fascismo
1 de Outubro de 2018, 23:49No último sábado, na maior manifestação de mulheres da história do Brasil [1], elas ocuparam as ruas de todo país, e em várias cidades no exterior, para protestar contra o candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro, líder das pesquisas presidenciais.
O movimento #EleNão nasceu nas redes sociais da Internet, num grupo do Facebook com mais de 3 milhões de mulheres. Uma semana antes das manifestações de sábado, esse grupo “Mulheres contra o Bolsonaro” foi invadido e ocupado por homens militantes da candidatura do militar, que assumiram a administração por duas vezes, sendo objeto de disputas numa verdadeira batalha de ocupação e finalmente foi retomado pela mulheres. Durante o período em que o grupo esteve nas mãos dos militante de extrema-direita, as mulheres se multiplicaram em milhares de eventos e grupos no Facebook, que de forma descentralizada, comandaram a convocatória para as manifestações de sábado, 29. Leia mais...
Mapa das conexões entre os clusters da nova direita no Facebook
15 de Setembro de 2017, 13:20Grafo das conexões entre os principais grupos da direita no Facebook
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O roxo, liberalismo conservador; azul, os nãoliberais do MBL; laranja, os militaristas intervenção militar; verde, o "patriotismo" uso de armas e masculinidade. Notem que os grandes partidos políticos conservadores não tem influência nas redes.
A análise foi feita pelo Grupo de Políticas Públicas em Acesso à Informação (GPoPAI), coordenado pelos professores Pablo Ortellado e Márcio Moretto Ribeiro , da Universidade de São Paulo (USP),
Veja a análise completa aqui