‘E aí, tudo joia?’: Secom aproveita mote para lançar programa do IR
10 de Março de 2023, 20:17 - sem comentários aindaO pacote contendo um relógio com pulseira em couro, um par de abotoaduras, uma caneta, um anel e um masbaha (uma espécie de rosário islâmico) é avaliado em cerca de R$ 400 mil. Esse presente ficou guardado em um cofre do Ministério de Minas e Energia por mais de um ano, até ser entregue ao ex-presidente.
Por Redação, com ABr – de Brasília
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República aproveitou a liberação do programa para a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2023 para ironizar o escândalo das joias ilegais que atinge o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama, Michele. “E aí, tudo joia? Já começou a preparar a sua declaração do IR”, diz a mensagem da Secom que circula nas redes sociais. Internautas reagiram com humor à publicação.
Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque está envolvido no escandalo das joias sauditasBolsonaro confessou que recebeu pessoalmente e mantém em seu “acervo privado” um segundo estojo de joias.
Acervo
O pacote contendo um relógio com pulseira em couro, um par de abotoaduras, uma caneta, um anel e um masbaha (uma espécie de rosário islâmico) é avaliado em cerca de R$ 400 mil. Esse presente ficou guardado em um cofre do Ministério de Minas e Energia por mais de um ano, até ser entregue ao ex-presidente.
A legislação brasileira obriga a declaração de bens mais valiosos que US$ 1.000 que entram no país. Ademais, também determina que presentes que o chefe de Estado vier a receber acima desse valor devem ser incorporados ao acervo da União. Bolsonaro não fez nem uma coisa, nem outra.
Encontro entre Lula e Lira amplia chance de formar base na Câmara
10 de Março de 2023, 20:17 - sem comentários aindaO encontro ocorre três dias após Lira dizer a uma plateia de empresários da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que o governo ainda não tem força o suficiente para aprovar grandes projetos, como a reforma tributária.
Por Redação – de Brasília
Após o jantar entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), noite passada na residência do ministro Paulo Pimenta (Secom), o governo avançou na consolidação da base de sustentação do governo no Congresso e as pautas prioritárias do Palácio do Planalto no semestre, na avaliação de setores do Palácio do Planalto.
Adversários durante a campanha, Lira e Lula negociam uma ampliação da base parlamentarO encontro ocorre três dias após Lira dizer a uma plateia de empresários da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que o governo ainda não tem força o suficiente para aprovar grandes projetos, como a reforma tributária. A declaração do presidente da Câmara impactou o governo, embora alguns ministros minimizem a relevância da fala e a resumam a um discurso para agradar ao mercado financeiro.
Campos Neto
Ao argumentar sobre fragilidade base governista, Lira ainda fez menção a estreita margem de votos que elegeu Lula na campanha eleitoral do ano passado e disse que o governo precisa entender que o Congresso tem atualmente “uma atribuição mais ampla” do que no passado.
— Nós teremos um tempo também para que o governo se estabilize internamente. Porque hoje o governo ainda não tem uma base consistente, nem na Câmara nem no Senado, para enfrentar matérias de maioria simples, quanto mais matérias de quórum constitucional — disse Lira.
Durante o jantar, O presidente da Câmara também foi convidado a integrar a comitiva oficial de Lula na visita à China, na semana que vem. Estiveram presentes ao encontro os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais.
Cresce a pressão junto à cúpula do PL para abandonar o ex-presidente
10 de Março de 2023, 20:17 - sem comentários aindaNo entendimento da cúpula do PL, a situação dos presentes caríssimos enviados como supostos mimos pelo governo da Arábia Saudita para Bolsonaro demonstra que ele terá consequências na Justiça por um longo período, o que já abala a imagem de austeridade do ex-mandatário neofascista.
Por Redação – de Brasília
O PL, partido de Jair Bolsonaro, estaria a um passo de abandonar os planos de lançá-lo candidato de volta ao posto que ocupou, nas próximas eleições presidenciais. Integrantes da sigla têm dito, com mais veemência à mídia conservadora, estar convictos de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai considerá-lo inelegível. Diante do cenário catastrófico que se apresenta, após a eclosão do escândalo das joias, entre outros, a aposta do partido seria investir na preparação de Michelle Bolsonaro para a campanha 2026.
Ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro também é alvo de suspeitas da prática de ‘rachadinha’No entendimento da cúpula do PL, a situação dos presentes caríssimos enviados como supostos mimos pelo governo da Arábia Saudita para Bolsonaro demonstra que ele terá consequências na Justiça por um longo período, o que já abala a imagem de austeridade do ex-mandatário neofascista.
Viagens
Embora o partido ainda acredite que Michelle tenha sido menos afetada do que Bolsonaro pelas revelações das joias, seus aliados estão preocupados com o caso, uma vez que a resposta da ex-primeira-dama também deixa dúvidas quanto à sua honestidade. A repercussão da história levou o partido a adiar uma série de viagens que Michelle faria pelo país, que estava inicialmente prevista para esta semana.
Michelle Bolsonaro tem sido citada como opção para concorrer ao Senado pelo Distrito Federal em 2026, mas também é lembrada para a disputar à Presidência da República, caso seu marido seja impedido pela Justiça Eleitoral, devido inclusive ao seu possível envolvimento na trama golpista, frustrada pela ação das instituições democráticas no último dia 8 de Janeiro.
Sem alarde, Bolsonaro acumula fortuna em presentes oficiais
10 de Março de 2023, 20:17 - sem comentários aindaAo todo, são 19.470 itens, segundo uma lista elaborada pela Presidência para atender a pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação. Parte dos presentes lhe foram entregues por empresários, populares, autoridades nacionais e estrangeiras mas, como não há detalhamento de valores, não foi possível identificar outros eventuais itens de alto valor comercial.
Por Redação – de Brasília
Além dos R$ 16,5 milhões em joias, somados aos mais de R$ 400 mil em outro pacote luxuoso com origem na Arábia Saudita, o ex-presidente Jair Bolsonaro coleciona itens valiosos em seu patrimônio, sem fazer alarde. Ao longo dos quatro anos em que permaneceu no governo, o ex-mandatário neofascista acumulou 44 relógios, 74 facas, 54 colares, 112 gravatas, 618 bonés, 448 camisas de futebol e 245 máscaras de proteção facial; além de um fuzil, uma pistola, munição e colete à prova de balas.
Em uma de suas apresentações ao vivo, pela internet, Bolsonaro exibiu a arma recebida de um príncipe sauditaAo todo, são 19.470 itens, segundo uma lista elaborada pela Presidência para atender a pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação. Parte dos presentes lhe foram entregues por empresários, populares, autoridades nacionais e estrangeiras mas, como não há detalhamento de valores, não foi possível identificar outros eventuais itens de alto valor comercial. Há, por exemplo, mais artigos oriundos do governo da Arábia Saudita, mas a relação disponível não possibilita saber detalhes como a grife, os materiais utilizados e os preços de mercado.
O acervo privado do presidente da República, de acordo com a legislação, pode até ser vendido, desde que respeitado o direito de preferência da União após avaliação de eventual interesse público. Na véspera, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes proibiu que Bolsonaro use ou venda os artigos enviados a ele como presentes pelo governo saudita e entregues ao chefe comitiva, o ex-ministro das Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque.
Outro lote
Os presentes dos sauditas incorporados ao acervo pessoal do ex-presidente são parte de um estojo com relógio, caneta, abotoaduras, um tipo de rosário e anel da marca de luxo suíça Chopard. Além disso, outro lote de joias, avaliado em mais de R$ 16 milhões (incluindo colar, brincos, anel e relógio), também foi enviado ao Brasil por meio da comitiva liderada por Bento Albuquerque.
Mas esses itens encontram-se apreendidos pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP) e, por isso, não chegaram a ser incorporados ao acervo pessoal de Bolsonaro. O grosso do material do acervo foi retirado dos palácios da Alvorada e do Planalto em caminhões de mudança durante o mês de dezembro. Parte está guardada num galpão, em Brasília.
Quanto ao fuzil e à pistola – dados a ele por um dos príncipes dos Emirados Árabes, em outubro de 2019 – foram recebidos já no avião da Força Aérea Brasileira (FAB), pouco antes de levantar voo. São igualmente itens valiosos, muito acima do permitido pela legislação para incluir entre seus bens personalíssimos. O caso foi revelado pelo jornalista Guilherme Amado, do diário brasiliense ‘Metrópoles’, nesta sexta-feira.
Juntos, os dois itens somam mais de R$ 50 mil, segundo avaliação da própria equipe do então presidente. O fuzil, disseram integrantes da comitiva ao jornalista, é personalizado com o nome do ex-presidente. A manutenção dos itens de alto valor no acervo pessoal – assim como no caso das joias – ferem o acórdão do Tribunal de Contas da União.
Segundo o site, Bolsonaro recebeu o presente já a bordo do avião da Força Aérea das mãos de um enviado do príncipe. De acordo com os relatos, ele teria se animado com o item, que foi então embarcado e integrado ao acervo pessoal de Bolsonaro, no Brasil.
Relógios
Nesta mesma viagem, integrantes da comitiva presidencial – que passou 10 dias no Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes – receberam relógios de luxo das marcas Hublot e Cartier, avaliados naquela ocasião em até R$ 53 mil.
Na semana passada, o TCU determinou a devolução dos relógios. Na decisão, a corte entendeu que “o recebimento de presentes de uso pessoal com elevado valor comercial extrapola os limites de razoabilidade”. Para o tribunal, os relógios apresentam “potencial conflito de interesses” dado ao seu alto valor de mercado. A decisão foi tomada com base em um pedido do deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
Como as armas recebidas por Bolsonaro têm valor de mercado semelhante aos relógios, em tese, devem seguir o mesmo caminho determinado pelo TCU no dia 1º de março deste ano.
Rio: Cia La Vaca propõe olhar a ancestralidade da comunidade LGBTQIA+
10 de Março de 2023, 20:17 - sem comentários aindaHomens Pink privilegia um diálogo original com a diversidade de corpos, linguagens e mentes de homens gays com mais de 60 anos, que vivem em São Paulo e Florianópolis.
Por Redação – do Rio de Janeiro
Estreia no Sesc Copacabana nesta sexta-feira, às 19h, a peça Homens Pink, trabalho da Cia La Vaca, sediada em Florianópolis, que está completando 15 anos de intenso trabalho em vários territórios das artes cênicas.
Cena do doc “Homens Pink”, Celso Curi, que criou a coluna social Coluna do Meio, alvo de processo na ditadura militarHomens Pink privilegia um diálogo original com a diversidade de corpos, linguagens e mentes de homens gays com mais de 60 anos, que vivem em São Paulo e Florianópolis. O olhar central é o etarismo e seus desdobramentos na vida pública e privada. Em torno desse olhar, surge uma ousada oferta de acontecimentos que captura a atenção tanto do espectador do documentário como do espectador na plaeia da performance. Ambos os objetos criados se comunicam. O documentário, que foi contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2017/2018, está acessível no canal da La Vaca no Youtube https://www.youtube.com/playlist?list=PLryIHhr14Byr1rJq1fsvXQJ_1tdoJFn7q
Documentário
É a partir dos relatos do documentário que Turnes elabora a performance de teatro documentário Homens Pink, que antes de chegar ao Rio de Janeiro fez temporada no Sesc Belenzinho, em São Paulo. A temporada no Rio de Janeiro acontece através do edital Sesc Pulsar 2022/2023. Sessões acessíveis em Libras toda sextas-feira. La Vaca (www.cialavaca.com) é uma companhia brasileira de teatro criada pelos artistas Milena Moraes e Renato Turnes, em Florianópolis. Em 2008, a companhia iniciou sua trajetória estabelecendo parcerias com dramaturgos da nova cena latino-americana. Desenvolveu projetos que incluem linguagens diversas, expandindo a experiência com o palco tradicional para o teatro contemporâneo, intervenções urbanas, performance e audiovisual, firmando relações criativas e profissionais com artistas de outros coletivos. Em pouco mais de uma década de atuação, segue investindo na produção de trabalhos politicamente comprometidos, que buscam o diálogo potente com os espectadores.
Renato Turnes em cena de “Homens Pink”Renato Turnes está sempre às voltas com roteiros de cinema, livros, dramaturgia e ideias. Acaba de participar do livro Cartilagem, da Dark Side. Nele, divide com os também cineastas catarinenses Marko Martinez, Vander Colombo e arte do também consagrado ilustrador Eloar Guazzelli uma HQ de terror. Pesquisador do teatro popular, dirigiu documentários sobre circo-teatro, entre eles É Bucha! 40 anos do Teatro Biriba e publicou o livro O Baú do Biriba: dramas, sobre dramaturgia circense. Com especial interesse na ancestralidade LGBTQIA+, dirigiu espetáculos e filmes como Não Representadas, Finas & Caricatas e O Amigo do Meu Tio, e roteirizou curtas como Selma Depois da Chuva e os inéditos Bloco dos Corações Valentes e Da Cabeça Aos Pés.
Entre diversos prêmios recebeu a Medalha do Mérito Cultural Francisco Dias Velho, o Prêmio Waldir Brazil e o Troféu Isnard Azevedo em reconhecimento à sua trajetória como artista de teatro. Seu filme documentário Homens Pink, lançado em 2020, recebeu o Prêmio Especial do Júri no DIGO – Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero – 2020 e o Prêmio de Melhor Média Metragem no Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Filmes de Arquivo 2020.
Mas agora a notícia é sobre Homens Pink. ”É um documentário que trata sobre memória da comunidade LGBTQIA+, que surgiu da minha inquietação pessoal, depois dos 40 anos. Foi quando resolvi procurar homens gays mais velhos que eu que me contassem suas histórias. Entrevistamos em Florianópolis e São Paulo um grupo de senhores gays dispostos a falar sobre vários temas. E a partir do depoimentos deles construímos esses dois objetos artísticos. O documentário e a peça são obras independentes que dialogam porque surgem da mesma fonte”, explica.
Comunidade LGBTQIA+
Segundo ele, a ideia inicial de falar das especificidades do envelhecimento dentro da comunidade LGBTQIA+ acabou se ampliando. “Percebi que estava falando de coisas muito mais abrangentes, sobre a ancestralidade, a partir dessas experiências individuais, representando uma experiência coletiva, que todos os membros da comunidade, de alguma forma, conseguem, se relacionar em algum momento. Fico muito contente com isso. O documentário colabora para uma reparação histórica ao resgatar narrativas de vozes que, durante tanto tempo, foram tão silenciadas”, analisa.
Serviço:
Homens Pink – Cia La Vaca
Direção artística, texto e performance: Renato Turnes
Datas: Entre os dias 9 de março e 2 de abril/2023
Dias da Semana: de quinta a domingo, às 19h.
Acessibilidade: às sextas-feiras a apresentação será acessível em LIBRAS
Horário: 19h
Local: Sala Multiuso do Sesc Copacabana
Ingressos: R$ 7,50 (associado do Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira)
Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana, Rio de Janeiro – RJ
Informações: (21) 2547-0156
Bilheteria – Horário de funcionamento:
Terça a sexta – de 9h às 20h;
Sábados, domingos e feriados – das 13h30 às 20h.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos.
Duração: 50 minutos
Lotação: 40 lugares
Gênero: Teatro documentário