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Blog do Bertoni

27 de Maio de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Mancha Verde ganha carnaval de Sampa com incentivo da Lei Rouanet

6 de Março de 2019, 2:13, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda

A Mancha Verde, escola de samba nascida de uma das torcidas organizadas do Palmeiras, é campeã do grupo especial do carnaval paulistano em 2019.

Mancha verde 2019

A super-campeã e tradicionalíssima Vai - Vai, escola que mais vezes venceu o carnaval paulistano (15 vezes), foi rebaixada e desfilará no grupo de acesso em 2020.

A Mancha foi a terceira a desfilar na madrugada de sexta-feira, 1°, para sábado, 2, no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo.

Nas cores verde, branco e vermelho, a escola cantou, sambou e desfilou em homenagem à saga de uma guerreira negra. O samba-enredo, "Óxala, Salve a Princesa! A Saga de uma Guerreira Negra!", é um canto às tradições de origem africana: citou maracatu, Iemanjá, África e Zumbi dos Palmares.

Por meio da Crefisa, Leila Pereira doou R$ 3,4 milhões para o desfile da Mancha Verde neste ano via Lei Federal de Incentivo à Cultura (a popular Lei Rouanet). O montante foi significativamente maior do que os R$ 2,3 milhões de 2018...

Pois é, a Mancha Verde se sagrou campeã com a ajuda da lei Rouanet, tão criticada pelo Bozo e seus asseclas. A Mancha Verde torce pro mesmo clube que o Bozo diz torcer.

Será que os aloprados minions facistas vão acusar a Mancha Verde de petralha?

De artistas comunistas???

Seria a Crefisa um banco socialista?

Seria Leila Pereira uma agente estrangeira infiltrada a serviço do comunismo chinês?

Agente da KGB?

Ou a vitória da Mancha nada mais é que a confirmação do velho dito popular "Quem paga escolhe a música!" já que a Crefisa também é patrocinadora do Carnaval Paulistano?



Certezas da estupidez!

19 de Fevereiro de 2019, 15:19, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda

Certezas da estupidez 1



Será culpa dos lúmpens?

18 de Fevereiro de 2019, 0:57, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda

São Paulo, Moóca, sábado, 15:30h, em frente a um popular restaurante do bairro paulistano, três motoboys e um senhor de classe média debatem acaloradamente se a rádio JovenPan é do José Serra ou não.

Lumpens

O senhor se declara ouvinte da rádio e defende Serra.

Os motoboys afirmam que a rádio protege tucano e que a prisão de Lula é perseguição.

Os saintes do restaurante passam a prestar atenção no debate.

Um dos motoboys defende a liberdade do ex-presidente dizendo que sua prisão é perseguição dado que não prendem e nem prenderão Serra, Aécio, Maia, Temer, Gedel e outros.

Seu colega corrobora e aumenta a lista, enquanto o terceiro motoboy fica na sua, meio que em cima do muro, fazendo piadas.

O senhor desanda a defender as privatizações e o estado mínimo, coerente para um ouvinte e admirador do Villa.

Os motoboys defendem o Estado, os direitos trabalhistas, a liberdade dos cidadãos. Os saintes se juntam a conversa e se posicionam ao lado do motoboys, num verdadeiro 5 contra um. O senhorzinho então se levanta e com isso sobe o tom da voz também para contestar os lúmpens estatizantes, portanto, corruptos.

Os motoboys mantiveram o nível e se sentiram mais fortes ao contar com o apoio dos saintes.

O senhorzinho perdeu a compostura e desandou a repetir os chavões próprios dos midiotas eleitores de Bozo, enquanto os motoboys buscavam argumentar racionalmente.

Os saintes se despediram e finalmente seguiram o seu caminho, perguntando-se se realmente foram os lúmpens, que formam a classe social realmente excluída, aquela que estaria não só à margem, mas abaixo da pirâmide social, destituída não apenas dos meios de produção, mas também de consciência política, sendo facilmente utilizada como massa de manobra, os que votaram no bozo e elegeram o maior desastre da história eleitoral brasileira?

Pela conversa relatada acima, parece que não foram os lúmpens os culpados pelo que está a ocorrer no Brasil.

Ou será que no Brasil o lúmpen é de classe média???



Como instalar o Ubuntu Touch no smartphone Nexus 5

26 de Janeiro de 2019, 18:12, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda

Todos os sábados a equipe do Blogoosfero se reune para estudar códigos, desenvolver funcionalidades e falar mal dos outros.

Ut 004

Neste sábado, porém, um de nossos colegas estava mal humorado, outro não apareceu e os demais resolveram, então, se meter a instaladores de sistema operacional em celulares.

Nosso propósito era instalar o sistema operacional livre Ubuntu Touch (UT) no smartphone LG Google Nexus 5 recentemente adquirido por um de nossos colegas especificamente para este fim.

Primeiro passo foi baixar o instalador do Ubuntu Touch do site da UBports, a comunidade responsável pela portabilidade para celulares do sistema operacional Ubuntu, uma das distribuições Linux mais usadas no planeta.

No site da UBports existem versões do instalador para Linux, Apple e Windows. Baixamos a versão para Linux, a instalamos em nosso KDE Neon 5.14.5 e tentamos instalar o cara! No meio do caminho a instalação parou, o celular travou e o instalador deixou de reconhecer o dispostivo Nexus 5 espetado na porta USB do computador.

Nosso colega Marco, exímio pesquisador de internet, saiu em busca de soluções. Descobriu-se então que o instalador UBports para Ubuntu (UBports Installer 0.1.21-beta) está com problemas. 

Fuçando um pouco mais encontramos e baixamos direto do github a imagem do Aplicativo Instalador UBPorts em https://github.com/ubports/ubports-installer/releases/download/0.1.21-beta/ubports-installer-0.1.21-beta-x86_64.AppImage.  Este cara é um AppImage que permite que você rode um aplicativo em qualquer distribuição Linux, independentemente de sua versão ou tipo de empacotamento de softwares. Ele contém todas as bibliotecas necessárias para rodar o UBports-installer, o aplicativo da UBports para instalação do Ubuntu Touch.

Com ele conseguimos instalar o Ubuntu Touch 16.04 estável no Nexus 5. Com o Aplicativo Instalador do UBports a instalação do Ubuntu Touch é super fácil ou, como diriam antigamente, mamão com açucar. É só seguir as instruções que não tem erro.

O UT está rodando no Nexus 5 e tem um visual bem legal. Agora é preciso se acostumar com a interface. Finalmente temos um celular sem Android. Já estamos no lucro.

Quis a ironia do destino que o Nexus 5, um celular da Google, fosse o melhor adaptado para rodar sem o Android, o SO da monopolista norteamericana, adaptando-se perfeitamente ao Ubuntu Touch, um sistema operacional livre GNU/Linux.



Placa mercosul: como a placa atual do seu carro ficará no novo padrão

21 de Dezembro de 2018, 12:15, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda

As novas placas para os países do Mercosul já começaram a ser implantadas.

Placa mercosul1

A troca das placas para os veículos já emplacados será de maneira gradual.

Inicialmente as placas mercosul serão usadas em veículos novos, automóveis que tiveram a placa danificada, tiveram que mudar de proprietário, estado ou município.

Também poderá ser feita a troca voluntariamente, basta pagar as taxas atuais.

A grande diferença está na sequência alfanumérica, além do visual. O atual sistema com três letras e quatro números (AAA-0000) passa a ser com três letras, um número, uma letra e dois números (AAA0A00).

As letras usadas em sua placa atual não mudarão. Somente o segundo número será trocado por uma letra, de acordo com a tabela abaixo:

Segundo número da placa atual  Letra correspondente na nova placa
0 A
1 B
2 C
3 D
4 E
5 F
6 G
7 H
8 I
9 J

 Desta forma, uma placa atual com os caracteres, por exemplo, BAN-6978 passará a ser BAN-6J78

 A cor de fundo das novas placas, que identificava o tipo de uso do veículo, será sempre branca. Agora o que muda é a cor das letras e números.

Placa mercosul2



Mais brasileiros deixam o país e fluxo migratório é negativo

17 de Dezembro de 2018, 15:19, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda

Pois é, esse é o país que estão construíndo. Um Brasil sem brasileiros.

De partida E se a pátria amada precisar da macacada...

Até o início de dezembro 252 mil brasileiros deixaram o país e não retornaram.

E, apesar de todo o sensacionalismo em torno dos imigrantes venezuelanos, apenas 94 mil estrangeiros de diversas nacionalidades passaram a viver no Brasil. Desta forma a população que vive no território daquilo que ainda chamamos de Brasil diminuiu em 158 mil pessoas.

Os dados são do departamento de Imigração da Polícia Federal.

Estes dados só não são mais alarmentes porque EUA e Europa ficam longe pra dedeú destas terras tropicaise os pobres de classe média não tem grana para a debandada, nem disposição para caminhar tanto. Se estivéssemos mais perto do mundo rico a evasão seria bem maior...

Parabéns a todos os envolvidos.



Coletes Amarelos em Portugal : 'é uma operação de extrema-direita'

16 de Dezembro de 2018, 23:43, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda

Francisco Louçã debruçou-se esta sexta-feira, no seu espaço de comentário da SIC Notícias, sobre a imitação do movimento dos Coletes Amarelos em Portugal, marcada para o próximo dia 21.

Francisco Louçã

Francisco Louçã acredita que a imitação do movimentos dos Coletes Amarelos em Portugal esconde um objetivo paralelo, que não o de protesto puro.

Conhecido o recuo do governo francês em relação à taxação dos combustíveis, resultado do movimento Coletes Amarelos, começaram a surgir em Portugal alguns grupos na rede social Facebook com o objetivo de imitar o movimento de protesto. Um deles, ‘Vamos Parar Portugal como Forma de Protesto’, marcado para o próximo dia 21, conta já com 14 mil aderentes na rede social.

O ex-dirigente do Bloco de Esquerda, no seu espaço de comentário da SIC Notícias, abordou o tema, começando pela análise das suas propostas. “Propõem, mais ou menos, tudo e o seu contrário”, indicou.

“Uma subida do salário mínimo em 80%, uma baixa do IVA para os produtos nacionais (não é possível legalmente), uma subida do IVA para a cultura (seria possível, não sei se é muito desejável, creio que não), apoios fiscais aos estrangeiros ricos que venham para Portugal e depois uma ideia muito estranha que é a de haver só quatro deputados por cada região”, enumerou, explicando que Portalegre e Lisboa, por exemplo, ficariam com o mesmo número de deputados, sendo que o primeiro tem 8 mil votos e o segundo entre 200 a 250 mil.

No entender do comentador, este não é, porém, o aspeto mais preocupante do movimento. “Quando olhamos para o detalhe percebemos que há aqui uma coisa que se deve tomar em consideração com muita atenção. A instrumentalização pela extrema-direita, numa óbvia imitação dos processos que preparam o Bolsonaro”, afiançou.

Francisco Louçã relembra a “criação de formas de confrontação e de discursos de ódio” e “a criação de redes significativas de pessoas que ficam associadas no Whatsapp ou em sites do Facebook”. Estas pessoas permitem desenvolver “uma bolsa, um potencial de politização agressiva, nos termos da extrema-direita”, explica.

Para o comentador, não restam dúvidas que “esta operação é uma operação de extrema-direita”. Seguindo a lógica da infiltração nas claques desportivas ou em em alguns corpos especiais do Estado, “este tipo de operação (…) tentaria criar menos uma manifestação e muito mais [a angariação de] centenas de milhares de pessoas que possam ficar associadas [aos grupos de protesto] para durante os próximos meses, até às eleições, serem bem industriadas nestes redes”.

“Funcionou com o Trump, funcionou com o Bolsonaro, funcionou com o Salvini, funcionou em Espanha, veremos como funciona em Portugal”, terminou.

Fonte: Notícias ao Minuto, Portugal



Coletes Amarelos em Portugal: PSP prevê adesão significativa

16 de Dezembro de 2018, 23:30, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda

A PSP (Polícia de Segurança Pública) suspendeu as folgas aos polícias a 21 de dezembro, dia de manifestações em Portugal do movimento "coletes amarelos", apoiado pela extrema-direita

Brasão de armas da polícia de segurança pública

A PSP prevê manifestações de "dimensão significativa em muitas cidades do país" promovidas pelo "Movimento Coletes Amarelos Portugal", que está a ser apoiado pelo Partido Nacional Renovador (PNR), de extrema-direita.

Segundo avançou ao DN o porta-voz oficial da PSP na próxima segunda-feira estão agendadas reuniões com o promotores para "garantir que tudo correrá bem, com diálogo e responsabilidade". A direção desta força de segurança informou, entretanto, os comandos, para suspender as folgas de todos os polícias no dia 21, data do protesto.

"Vamos ter manifestações de grande dimensão em todo o país e mandam as regras do bom senso ter pessoal operacional", disse à Lusa o porta-voz, intendente Alexandre Coimbra, adiantando que a preocupação neste momento se prende com a dimensão do evento e não com qualquer informação de possível confrontos, mas que é importante a prevenção.

Alexandre Coimbra, confirma que as folgas e os créditos horários dos efetivos da PSP foram suspensos por uma questão de "bom senso", face à marcação dos protestos inspirados no movimento "coletes amarelos" em França, em que manifestações contra o elevados custo de vida e para exigir diminuição dos impostos e do preço da gasolina, entre outras reivindicações, resultaram em violentos confrontos entre manifestantes e polícias no centro de Paris.

A Direção Nacional da PSP garante que as folgas e créditos horários suspensos serão repostos, depois da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) ter alertado para o facto de a reposição das folgas não ser expressamente mencionada no despacho que as suspende.

Na sua diretiva operacional a PSP sublinha que o seu efetivo terá de ter uma especial atenção à segurança das pessoas e bens, mas também garantir que todos os cidadãos podem exercer todos os seus direitos de manifestação.

Fonte: Diário de Notícias, Portugal



Raquel Varela: A França, isso é uma revolução?

10 de Dezembro de 2018, 12:16, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda

Raquel varela blog

Vou contar-vos as coisas magnificas que aconteceram em França nestes dias. Extraordinárias. Polícias que retiraram capacetes e cantaram com os manifestantes a Marselhesa; bombeiros que numa homenagem em frente à prefeitura viraram as costas aos políticos vestidos com cores da França e abandonaram a homenagem; manifestantes de extrema-direita expulsos das manifestações por coletes amarelos; portagens ocupadas pelos manifestantes que impedem que se cobre passagem; há sindicatos da polícia que aderiram já à manifestação de amanhã, e sindicatos ferroviários que decidiram não cobrar bilhete aos manifestante que se dirigem amanhã a Paris. Greves e assembleias gerias de estudantes. As centrais sindicais do status quo pedem recuo nos protestos, mas representam no total menos de 7% dos trabalhadores franceses. A França vive uma revolta – não sei se é uma revolução, mas não é um movimento social como outros. É, na minha opinião, a primeira batalha perdida pelo neoliberalismo, depois da sua grande vitória, marcada pela derrota dos mineiros nos anos 80 por Margaret Thatcher. Um novo processo histórico nasceu este mês na França. Tudo pode acontecer – a história acelera agora a uma velocidade que nos parece estonteante. Em 3 dias Macron recuou 2 vezes, não é certo que o seu mandato sobreviva. O movimento já está na Bélgica.

Vi com encolher de ombros a facilidade com que tantos aqui acreditaram que era a extrema-direita a dirigir aquele que já é o maior movimento europeu contra o neoliberalismo.

Continua a espantar-me a facilidade com que acreditamos no senso comum, a credulidade, a ausência de sentido critico. Mas alguém imagina que a extrema-direita tem de perto ou longe alguma organização para dirigir milhões de pessoas nas ruas há 3 semanas? Não, as pessoas acreditam porque querem acreditar. Desta vez não é necessário um aguçado sentido critico, bastava ler o Le Monde, o El País e ver a Euronews para perceber o susto na cara de Le Pen nos últimos dias, o pânico na face de Macron e a situação de crise no poder do Estado. E, sobretudo, o esforço que Macron fez para que Le Pen apareça como responsável e líder de um movimento. Ora, a esquerda aderiu ao Movimento formalmente, e há vários relatos da extrema-direita expulsa das manifestações. Também há de centrais sindicais amarelas – o que a meu ver é errado. O fascismo não pode ter espaço algum, porque é inimigo das liberdades, o reformismo, por pior que seja, deve ter liberdade de manifestação. A cólera do Movimento dirige-se contra as prefeituras, centenas foram atacadas e uma totalmente queimada. A crise dos partidos tradicionais é total, a separação entre representantes e representados de massas. Macron lembrou-se finalmente que foi eleito com menos de 25% dos votos dos franceses. Quantas vezes temos insistido que força eleitoral não é representação social, António Costa e Geringonça?

A França está a viver uma situação inédita desde o Maio de 68. São trabalhadores, professores e cientistas, reformados e no activo, ferroviários e estudantes, sectores médios proletarizados em massa. O centro da luta é a chamada Diagonal do Vazio, uma área geográfica de pequenas e médias cidades que vai do nordeste ao sudoeste do país. Nevers foi o epicentro. Nestas cidades os manifestantes – todos senhores e senhoras, como poderão ver pelas reportagens, envergando o seu colete amarelo – explicam que têm que usar o carro, idosos, para ir às compras a 10 km de distância porque o grande comércio destruiu as mercearias – conta o El País; o saque das pequenas lojas é mínimo, a maioria das lojas destruídas são as de alta costura e os grandes armazéns – diz o Le Monde. A revolta começou contra os impostos, estão “fartos” de em nome da “economia dita verde” pagarem para serem cada vez mais excluídos, do acesso à cidade também; uma senhora conta que chega ao fim do mês com 70 euros; outro que “não tolera viver num país onde o PM veste um fato de 45 mil euros, 3 salários anuais de um operário”; um engenheiro não sabe se “metade dos manifestantes concorda com a outra metade” mas não vai “sair da rua” até que as coisas mudem. A pressão fiscal em França já é mais de 45%. Querem emprego e não o rendimento mínimo. Não são contra a imigração mas defendem que a solução está nos países de origem e que as políticas dos países ricos têm que mudar radicalmente.

Não gosto de violência. Nem de vandalismo ou destruição. Nunca mostrei simpatia pelos jovens desempregados ou sub empregados da periferia que vêm para a rua partir carros em França e Inglaterra. Ao contrário da direita, acho que eles não nasceram vândalos, acho que são animalizados pela exclusão social que a direita promove. Ao contrário de uma parte da esquerda organizada não acho que eles sejam uma esperança, nem uma forma de resistência – só vejo no vandalismo desespero e desistência. Sei também que a violência é mínima, a maioria, larga maioria, dos bairros pobres tem gente que com um esforço incrível vive do trabalho mais mal pago, e não desiste de viver. São os milhares de jovens que trabalham no comércio, construção civil, a vida deles não é partir, mas trabalhar por quase nada. Tenho muitas dúvidas sobre se os “partidores” pertencem à classe trabalhadora – sei que são filhos dela, não sei se não estão mais próximo do lumpen-proletariado. Misturar estes fenómenos, recorrentes na Europa, e minoritários, com o Movimento dos Coletes Amarelos é confundir uma tosta mista com um banquete em Versalhes.

Macron está a caminho de sair mal entrou não porque houve pancadaria no Arco do Triunfo, mas porque os coletes amarelos pararam a circulação de mercadorias há 3 semanas questionando a autoridade do Estado, que não os conseguiu impedir. E viram costas às autoridades políticas locais. O Movimento conta com o apoio oficial de 60% dos franceses.

Sabem que mais? Estou tão feliz estes dias. Ando há anos ouvir falar da “aristocracia” operária europeia e da esperança na periferia do mundo, qualquer movimento camponês com 200 pessoas pessoas na Ásia é mais aplaudido pela esquerda do que uma greve de médicos na Alemanha, logo apelidados de “privilegiados”. Foi por isso que escrevi um livro de História da Europa, que lembrasse o passado de resistência na Europa, a importância dos sectores médios, a centralidade da produção de valor nos países centrais, a tradição de consciência de classe na Europa – superior a qualquer parte do mundo – os trabalhadores na Europa, sem os quais não haverá solução civilizada no mundo. Passámos de um eurocentrismo para ujm periferocentrismo absurdo. Agora…sorte, sorte, sorte mesmo, porque tal precisão temporal não pode ser atribuída à previsão cientifica, é que o meu livro Um Povo na Revolução foi publicado em França justamente este mês. Eles não fazem ideia, os coletes amarelos, como esse pedaço de coincidência irrelevante para a história da humanidade me divertiu. Vou ceder no meu gosto por roupa bonita e vestir o tal do colete amarelo amanhã.

Não sei se é uma revolução. Pode ser. Ou não. Se não for, será adiada mas não evitada. Se estão com medo do mundo do trabalho, não imaginam que a ele devemos tudo o que de mais civilizado possuímos. Não olhem para o Arco do Triunfo em chamas, essas imagens de caos, mas para o triunfo da defesa organizada da cidade humanizada, do emprego com direitos, de um mundo justo, sem impérios e brutalidade social. Os coletes amarelos são isso, quanto mais apoio tiverem de pessoas que acreditam na vida civilizada mais serão ainda parte da solução.

Fonte: https://raquelcardeiravarela.wordpress.com/2018/12/07/a-franca-isto-e-uma-revolucao/



Mensagem de 29 de outubro de 2018

29 de Outubro de 2018, 13:42, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda

Brasilchora

Acordamos, é 29 de outubro de 2019. Vivos estamos e já velamos os primeiros mortos.

Livres, pelo voto, a nação feriu gravemente a Liberdade e a Democracia.

Majoritariamente, a sociedade escolheu abrir a porta do inferno.

Muitos, em nome de deus, fizeram e farão do ódio, da morte e da repressão suas armas para vencer na política. É a tragédia na história para um novo tempo.

A derrota desse largo campo que voltou a construir pontes e a se unir novamente em torno de valor fundamentais como liberdade, democracia, igualdade, deverá ser compreendida prospectivamente.

Essa derrota pavimenta avenidas para profundas transformações econômicas do sistema produtivo e do mundo do trabalho, disruptivas em múltiplas dimensões para um outro capitalismo e liberalismo. O parto desse outro mundo se fará com as dores da regressividade dos direitos sociais e políticos, condição para impor os custos das novas formas de desigualdade que serão geradas.

Será no luto do presente que lançaremos as sementes da resistência, que brotarão.

Lutar terá o desafio, a cada dia, subjetiva e objetivamente, de ser resignificado.

Amorosamente, indignados e revoltados, reafirmaremos o sentido da vida coletiva, o papel da política, o respeito às diferenças, os valores da igualdade e da liberdade.

Disputaremos o sentido e o conteúdo da disruptura desse outro mundo que está em construção.

Se fizermos tudo certo e a nossa derrota for breve, serão dez anos!

Acertamos muito! Erramos bastante!

Abatidos, abrem-se caminhos para o dilaceramento do nosso campo.

Incrédulos, veremos ruir os direitos sociais e políticos.

Será preciso resgatar a compreensão de que a vida coletiva continua, para além da vida de cada um.

Será preciso inventar as formas contemporâneas das lutas pela igualdade e liberdade.

Será um tempo no qual lutar para preservar as formas de liberdade precede como condição para lutar pela igualdade e justiça.

Levará um tempo para que o sentido contemporâneo da liberdade, igualdade e justiça se tornem, nesse outro mundo, hegemônicos novamente.

Nesse tempo, que passa, a tarefa será defender a liberdade e trabalhar na construção de pontes para reunir e unir um novo campo majoritário.

Por isso, atenção!

Na complexidade do presente há incontáveis contradições e conflitos.

Na complexidade do presente há oportunidades para se voltar a avançar.

Na complexidade do presente há possibilidades diante do inédito.

Na complexidade do presente há o desafio de enunciar a utopia que nos move para um outro futuro do presente.

Na complexidade do presente, abrem-se oportunidades para renovar, inventar, criar e inovar.

Na complexidade do presente, há noite, mas há amanhecer!

Seguiremos juntos e lutando sempre!

Abraço

Clemente Ganz Lúcio



Ainda que os ouvidos estejam tapados e os olhos turvos pelo ódio disseminado pela manipulação digital

16 de Outubro de 2018, 0:42, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda

Iremos denunciar e mostrar que as coisas acontecem não somente pela burrice dos brasileiros e brasileiras, mas também pelo oportunismo dos José Silvérios do Reis e da esperteza do capital que os compra.

Que fique registrado nestes dígitos apagáveis que tudo o que está acontecendo não é somente insanidade, mas uma política bem elaborada e cuidadosamente aplicada pelos capitalistas, fazendo que os trabalhadores, pobres, ataquem a outros trabalhadores, mais pobres ainda.

Se algum dia o Youtube retirar este vídeo do ar, arrumaremos um jeito de subí-lo novamente.



Cristãos evangélicos explicam porque #EleNão

15 de Outubro de 2018, 12:22, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda



Escravidão

15 de Outubro de 2018, 11:56, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda



O que Jesus diz não condiz com #elenão

6 de Outubro de 2018, 20:09, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda

  Jesusxelenão



Jesus x #elenão

6 de Outubro de 2018, 19:44, por Feed RSS do(a) Bertoni - 0sem comentários ainda