Olhares imprecisos de desncessários
dúvidas sem sentido por nada
pessoas em volta só por estar
um mundo adverso imaginário
livros repletos de brancas páginas
que aos olhos são vermelhas como o mar.
Uma estranha tristeza desperta
alguém não está tão bem
mesmo que risos disfarçem
um céu limpo, um frio injusto
grandes belezas fluem dos corpos
alimento incompleto de todos os sabores.
Uma mente inundada de perguntas
olhos míopes que não vêem as respostas
sentidos aguçados a cada movimento
ventos levam todos embora...
Isolado, num cômodo sombrio
por um instante as letras
salvam alguém que não existia
reconstrói-se o interior antes vazio.
Operária nenhuma trabalha
a infelicidade cria raízes
não desejo gotas de atenção
só não quero perder o olhar
que brilhante, dias iluminou...
Autor: Amadeu A. Barbosa Júnior
Data: algum dia de 2001
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1Um comentário
"poeteiro"