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Lágrimas de partida - 2002

8 de Junho de 2010, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Hoje nem ao menos um verso correto fiz
esquecendo das regras literais
apenas escrevi, torto, e assim
percebi que não sou perfeito
como pensei, erro como você.

O nada é mais importante que o algo
em um momento de tranquilidade
e de solidão, que por sinal menti
em versos ocultos que escrevi
pensei mais do que fiz.

Venho agora justificar minhas letras?
- Nada, não o quero fazer!

Mas por que brigo comigo mesmo?
- Se odeio parar de escrever!

Entender-me és um gotejar no telhado
como posso saber se cairá
no mesmo local, se o vento
não mudará o destino daquela
pobre gota de água suja ou limpa
que teima a pingar em minha frente?

- Não quero respostas, minha questão
não faz sentido, apenas olhes a queda da gota!

Meus olhos cansam e os fecho...
mesmo escrevendo, sei tudo
que não li e nem preciso,
as palavras estão na minha mente
assim como as decisões na sua frente
nunca despreze um amor por completo
sem antes ao menos deixá-lo se mostrar.

Minha dor é menor do que parece
afinal sou cúmplice desse algo
que em nada faz sentido
que em tudo esbarra
que de alguém fala
que o ninguém que o padece
sofre como um viajante na partida.

Autor: Amadeu A. Barbosa Júnior
Data: algum dia de 2002
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Tags deste artigo: poesia 2002 romantico reflexao

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