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Filhotes barulhentos - 10/03/2001

8 de Junho de 2010, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Mais uma tarde barulhenta
os papéis me irritam
levam todo meu fôlego
pareço um asmático
sem forças para gritar.

Todos me cercam de nada
o vazio é pior em companhia
a dor é a única coisa boa.

Cães e cadelas ladram
falam de sexo, pensam em sexo
mas nada fazem.

Filhotes de um mundo infantil
que mesmo sem tocar outro corpo
acreditam em estarem bem.

Preciso de ar, sairei deste lugar
sala de aula esta, infernal
que me confina com animais
que nada são, que não pensam,
apenas falam e falam...

Lá fora você me espera
meu verso ganha rima
a minha alma se alegra
o calor teu me anima.

Estendo um beijo nas suas mãos
você acalma o meu ser
e conquista meu coração
me faz viver só para você.

Meus dedos já estão leves
a minha história ganha luz
a sala de aula já agora escurece
e tudo espelha seu brilho.

Sons, letras, nada me importa
as frases são contínuas
a felicidade infinita
a tristeza já não existe.

Autor: Amadeu A. Barbosa Júnior
Data: 10/03/2001
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This work is licensed under a Creative Commons Attribution-Noncommercial 3.0 Brazil License


Tags deste artigo: cotidiano poesia 2001 vida reflexao pessoas romantico

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