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7 de Dezembro de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Comunidade para articulação da campanha - Banda Larga é um Direito Seu! Uma ação pela Internet barata, de qualidade e para tod@s - na Bahia. Participe!

V Fórum da Internet no Brasil acontecerá a partir do dia 15/07 em Salvador

3 de Julho de 2015, 15:39, por COLIVRE - 0sem comentários ainda

Entre os dias 15 e 17 de julho, a cidade de Salvador sediará o V Fórum da Internet no Brasil, evento organizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), com o objetivo de debater os atuais e futuros desafios da Internet. O Fórum é um espaço aberto de discussão para toda a sociedade e reunirá representantes de organizações da sociedade civil, de setores governamentais, empresários e pesquisadores que apresentarão suas visões em torno do tema "Evolução da Governança da Internet: Empoderando o Desenvolvimento Sustentável".

A programação inclui mesas, painéis e trilhas temáticas. O primeiro dia contará com a mesa de abertura, que terá a presença do secretário executivo do CGI.br, com o painel de abertura "Evolução da Governança da Internet: Empoderando o desenvolvimento sustentável" e com as trilhas temáticas Desafios da Inclusão Digital, Economia da Internet, Cibersegurança e Confiança e Internet e Direitos Humanos. No segundo dia haverá o painel "Marco Civil da Internet e regulamentação da Neutralidade de Rede" além de uma conferência sobre os 20 anos do CGI.br que dará ênfase sobre o tema da Diversidade, um dos pontos dos Princípios para a Governança e Uso da Internet.

Já no terceiro dia, será apresentado o seminário "Desafios para o desenvolvimento da Internet no Brasil", o painel "Infraestrutura física para o desenvolvimento sustentável da Internet no Brasil" e a plenária final, como  relato final das trilhas temáticas. O evento é uma etapa preparatória para o décimo encontro anual do Internet Governance Forum (IGF), que acontecerá em novembro, em João Pessoa (PB).

As inscrições são gratuitas. Para mais informações acesse o site oficial do Fórum através do endereço: http://forumdainternet.cgi.br/



Marina Silva defende universalização da internet, mas é vaga em propostas

23 de Setembro de 2014, 18:16, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

A candidata à presidência Marina Silva (PSB) participou nesta segunda-feira (22), em São Paulo, da segunda edição do Diálogos Conectados, debate com os integrantes da campanha Banda Larga É Um Direito Seu. E, apesar de não apresentar propostas concretas, defendeu que a banda larga é um serviço essencial ao exercício da cidadania e que deve ser universalizado.

Marina defendeu a parceria entre o poder público e as empresas privadas para que todos os brasileiros tenham acesso à internet, mas tampouco elencou quais recursos públicos seriam usados ou qual o papel do setor empresarial nesse processo.

Sobre a principal reivindicação da campanha, a introdução da prestação do serviço de banda larga em regime público via decreto presidencial, tal como prevê a Lei Geral de Telecomunicações, Marina Silva declarou que prefere trabalhar com o princípio da universalização da banda larga. As formas de implementar o princípio devem ser definidas coletivamente, conforme prega no que classifica de a “nova política”.

Marina respondeu às perguntas sobre a regulamentação do Marco Civil da Internet reafirmando seu compromisso com a neutralidade de rede. E lembrou que a lei considerada uma espécie de Constituição para o mundo digital é uma conquista da sociedade brasileira.

A candidata do PSB disse também estar ciente da importância das políticas para inclusão digital em idade adequada, assim como a alfabetização. Quanto aos questionamentos sobre a defesa do software livre como estímulo ao conhecimento livre e coletivo, Marina se limitou a afirmar que precisa se debruçar mais sobre o tema, mas entende que a convivência entre softwares livres e patentes de softwares é possível – hoje os softwares no Brasil são protegidos apenas por direitos autorais e não por patentes.

A campanha Banda Larga é Um Direito Seu – criada em 2011 por diversas organizações para lutar pela universalização do acesso à internet de qualidade no Brasil e pela garantia dia direitos digitais dos cidadãos – reafirma sua disposição de dialogar com todas as candidaturas à presidência e agradece a disposição de Marina Silva para debater o tema. Para nós, porém, é fundamental que o conceito de essencialidade do serviço de banda larga se traduza na aplicação da Lei Geral de Telecomunicações, que estabelece que os serviços essenciais não podem ser prestados exclusivamente em regime privado.

Para saber mais, acesse nossa carta aos candidatos

 

 

 



Marina Silva confirma presença nos Diálogos Conectados

16 de Setembro de 2014, 11:34, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

A candidata à Presidência da República Marina Silva vai participar da segunda edição do encontro Diálogos Conectados – Um papo sobre direitos e internet. O evento ocorrerá no dia 22 de setembro (2ª feira), às 17h, na sede do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, localizado na Rua Genebra, n. 25, na cidade de São Paulo. O formato do encontro seguirá as bases da primeira edição, realizada com a presidenta e candidata à reeleição Dilma Rousseff em 09 de setembro.

Assim, haverá uma apresentação inicial das propostas da Campanha Banda Larga, seguida de manifestação da candidata e três rodadas de perguntas e respostas sobre acesso à Internet e direitos digitais. A primeira rodada será focada em acesso e infraestrutura para a prestação da banda larga; a segunda dirá respeito à privacidade, direitos digitais e Marco Civil da Internet; e a terceira será mais focada em tecnologias livres e estímulo à produção de serviços, aplicações e conteúdos nacionais para a rede.

Os candidatos Aécio Neves e Luciana Genro também foram convidados, mas ainda não houve resposta das respectivas campanhas.

Serviço

Diálogos Conectados com Marina Silva

Dia 22/09, às 17h

Sindicato dos Engenheiros de São Paulo – Rua Genebra, n. 25, São Paulo

As inscrições do público para participação presencial devem ser feitas pelo e-mail campanhabandalarga@gmail.com

O credenciamento da imprensa será realizado pelo e-mail imprensacampbl@gmail.com (contato com Maria Pita – 11-99746-5962)

*** A recepção do público será iniciada às 16h. A capacidade do auditório é limitada e as pessoas serão acomodadas conforme ordem de chegada.

Haverá transmissão online do encontro.

 

 

 



Dilma diz que banda larga é essencial e se compromete com universalização

11 de Setembro de 2014, 14:28, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

A candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) declarou nesta terça-feira (9) que o serviço de banda larga é essencial e sua universalização é uma de suas prioridades, caso seja reeleita. Rousseff ainda mencionou a prestação do serviço em regime misto.

As afirmações foram feitas durante a primeira edição dos Diálogos Conectados – evento organizado pela campanha Banda Larga é Um Direito Seu -, que tem como objetivo debater com candidatos à presidência as propostas para garantir a universalização do serviço, bem como a garantia de direitos digitais e políticas para incentivo à cultura digital e software livre, além de apresentar formulações próprias para estas políticas.

A presidente frisou que, em sua opinião, a universalização deve ser garantida por meio de aprovação de lei específica, com metas de cobertura e qualidade. E, se posicionou contrária à alteração do regime de prestação do serviço de telecomunicações ligado ao acesso à internet de privado para misto (privado e público) por meio de decreto presidencial, tal como propõe a campanha Banda Larga é Um Direito Seu. “Temos que universalizar via lei, senão não teremos força política para obrigar as empresas a cumprirem as metas estabelecidas”, defendeu.

Ainda, defendeu o fortalecimento da Telebras e ampliação de seu escopo de atuação para que a oferta do acesso à internet chegue a aproximadamente 90% dos municípios do país. Para ela, é preciso um esforço combinado do poder público com o setor privado para alcançar tal meta e defendeu a fibra óptica como tecnologia prioritária. Nesse esforço conjunto, reconheceu que a infraestrutura implantada a partir dessas negociações deve ser considerada reversível.

Dilma frisou a importante participação das organizações da sociedade civil para a aprovação do Marco Civil da Internet e se comprometeu a iniciar a consulta pública a para regulamentação do MCI, incluindo o princípio da neutralidade de rede, “assim que acabar o processo eleitoral” . Dilma defendeu que a regulamentação da neutralidade seja detalhada, ressaltando a necessidade de fiscalizar e punir as empresas que desrespeitem a lei .

Sobre a vigilância online, Rousseff admitiu que a aprovação do MCI com o artigo 15, que obriga a guarda massiva de dados pessoais para fins de investigação policial, foi uma imposição de alguns setores para a aprovação do texto, sancionado em abril, e salientou que tais acordos devem ser respeitados. No entanto, mostrou disposição para discutir uma lei brasileira de proteção de dados pessoais e falou em sua construção nos moldes da realizada para criação do Marco Civil da Internet.

A candidata foi aplaudida ao se comprometer a retomar a política dos Pontos de Cultura e inclusão digital, no campo do software livre, buscar mecanismos jurídicos e políticos para apoiar as comunidades de desenvolvedores. Dilma propôs o uso da ferramenta das compras governamentais para incentivar o desenvolvimento de softwares não proprietários e disse que apoiará a abertura de startups.

Para o movimento Banda Larga é um Direito Seu, o debate foi muito positivo por esclarecer e tornar públicas as posições da candidata do PT e abrir um diálogo com o movimento.

 A posição da Banda Larga é Um Direito Seu

Para as entidades que compõem a campanha Banda Larga é Um Direito Seu, é preciso deixar claro que o regime público envolve a prestação do serviço por empresas privadas por meio de contratos de concessão. Contratos que prevejam metas de universalização, qualidade, continuidade, modicidade tarifária e garantam o interesse público e estratégico sobre o destino da infraestrutura necessária à prestação do serviço de banda larga. Por outro lado, a campanha defende a concomitância do regime público e do regime privado, para que não se prejudique os pequenos e médios prestadores do serviço, visto que o modelo proposto pela Campanha melhora significativamente o estímulo à concorrência no setor com base no tratamento efetivamente isonômico de acesso às redes de transporte (backbone e backhaul).

Decreto x Lei de Universalização

A Campanha Banda Larga é Um Direito Seu não se opõe a debater uma proposta de nova lei. Apesar disso, entende que a combinação da Lei Geral de Telecomunicações e do Marco Civil da Internet já confere base legal para uma decisão do executivo de baixar um decreto presidencial instituindo o regime público da banda larga , uma vez que a primeira estabelece que todo serviço essencial de telecomunicações não pode ser prestado exclusivamente em regime privado e, a segunda, reconhece a essencialidade do acesso à internet para o exercício da cidadania. De todo modo, as entidades e ativistas que compõem a campanha têm todo o interesse em aprofundar esse debate e contribuir para que o Brasil possa avançar no acesso à Internet com qualidade à toda a população.

 Próximos Diálogos Conectados

A campanha Banda Larga é Um Direito Seu já convidou Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) para debaterem seus respectivos projetos para universalização da banda larga e direitos digitais. Aguardamos posicionamento.



Dilma Rousseff discutirá propostas para Banda Larga e Cultura Digital

4 de Setembro de 2014, 16:24, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Na terça-feira (9), a presidenta da República e candidata à reeleição Dilma Rousseff participa da primeira edição do Diálogos Conectados – Um papo sobre Direitos e Internet. Promovido pela Campanha Banda Larga é um Direito Seu, o evento propõe discutir com as candidaturas suas ideias e projetos em torno de temas como a infraestrutura e universalização do acesso à banda larga, além da promoção da cidadania e cultura digitais.

A atividade é aberta ao púbico (mediante inscrição prévia*) e ocorre no Sindicato dos Engenheiros (Rua Genebra, 25), em São Paulo, a partir das 15h, com transmissão em tempo real pela Internet. O bate-papo será conduzido pelas entidades que compõem a Campanha Banda Larga é um Direito Seu.

*Fique atento ao http://www.CampanhaBandaLarga.com.br para mais informações sobre como participar.

dialogos

Conheça a Carta Aberta aos Candidatos

No dia 19 de agosto, a campanha Banda Larga é um Direito Seu, levada a cabo por dezenas de instituições e entidades da sociedade civil, divulgou carta aberta às candidaturas para as eleições de 2014. O documento afirma que as atuais políticas de acesso à banda larga representam um “nó essencial que impede o Brasil de avançar numa área nevrálgica para a inclusão social” e defende que haja “uma política clara para o setor, que passe necessariamente pela revisão do regime de prestação do serviço de acesso à Internet”.

Leia a íntegra do documento e as seis propostas concretas sugeridas para os candidatos:

As entidades que integram a campanha Banda Larga é um Direito Seu vêm a público para apresentar à sociedade e, em particular, aos candidatos e candidatas à Presidência da República bem como ao Senado e a Câmara Federal, seu posicionamento quanto à garantia do direito de acesso universal aos serviços de comunicação de dados (= banda larga) e à Internet como condição indispensável para o exercício pleno da cidadania e instrumento para inclusão política, social, cultural e econômica das pessoas em um mundo interconectado pelas tecnologias digitais, de modo a concretizar o que está expresso no Marco Civil da Internet – Lei 12.965/2014.

O cenário atual

Hoje, no Brasil, o acesso à Internet se dá, basicamente, a partir da oferta de planos oferecidos pelas empresas de telecomunicações. O serviço de telecomunicações que dá suporte ao acesso à Internet em redes fixas, o Serviço de Comunicação Multimídia, é prestado em regime privado. Ou seja, apesar de se tratar de serviço de interesse coletivo e essencial, seus prestadores não estão sujeitos a obrigações de universalização, continuidade e modicidade tarifária, contra disposição expressa do art. 65, § 1º, da Lei Geral de Telecomunicações – LGT, em razão do que os investimentos em infraestrutura e preços são definidos principalmente pelo interesse do mercado. Ao contrário, um serviço em regime público, conforme a LGT, define metas a serem atingidas visando a universalização do serviço por todo o território nacional, e regras de tarifação, controladas pelo órgão regulador, de modo a lhe viabilizar amplo acesso pela população.

O único serviço atualmente prestado em regime público é o telefônico fixo. Certamente, era ainda o mais importante há quase 20 anos, quando a LGT foi sancionada. Hoje é um serviço que tende a ser progressivamente substituído pelas redes de alta velocidade, ou “banda larga”. Estas não somente servem à telefonia (comunicação privada entre duas pessoas) como a tudo o mais que necessite de infraestrutura de comunicações, inclusive carregamento de filmes para audiência privada, atividades lúdicas ou profissionais de busca de informações, todo tipo de interação pela Internet, vendas de mercadorias ou serviços etc. A “banda larga” hoje é um serviço socialmente essencial; a comunicação e informação, assim como a utilização de diversos serviços públicos se dão pela Internet, razão pela qual desempenha também papel estratégico para os Poderes Públicos.

Portanto, é incontestável que a evolução da tecnologia e das relações econômicas, políticas e sociais levaram a que a Internet tenha passado a ocupar papel central na sociedade.

Diante disso, há alguns anos, muitas organizações e estudiosos sobre o tema apontam que o acesso à “banda larga” precisa ser alçado ao status de direito, portanto garantido pelo Estado brasileiro e deve ser prestado não só no regime privado, mas também no regime público, com obrigações de investimentos determinadas pelo Poder Público. Esta proposta, inclusive, foi aprovada por unanimidade pela 1ª Conferência Nacional de Comunicação, em 2009. Mais recentemente o Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965/2014) reconheceu em lei não só o direito de acesso à internet a todos, mas a sua essencialidade ao exercício da cidadania. Tratam-se de duas disposições complementares, já que um serviço essencial deve ter o seu acesso garantido a todos, isto é, deve ser universalizado, como previsto na LGT.

Contudo, desde a privatização até hoje, o país deu passos tímidos e insuficientes no sentido de garantir a democratização da banda larga, contrariando garantias constitucionais de acesso universal a serviços públicos essenciais assim como o dever do Estado de planejar e definir políticas públicas que orientem a sua exploração por entes privados, de modo a equilibrar interesses privados e interesses públicos.

É verdade que alguns ensaios importantes foram feitos para ampliar o acesso à Internet no Brasil, que está entre os mais caros do mundo. Entre as iniciativas governamentais, a mais relevante foi o Programa Nacional de Banda Larga, lançado em 2010. Apesar de insuficiente, ele definia metas importantes para interiorizar e ampliar a infraestrutura para a conexão de cidades e localidades não atendidas pelo setor privado, inclusive resgatando a Telebras para cumprir papel estratégico nesse esforço. Infelizmente, a pressão das operadoras de telecomunicações foi tal que mesmo o tímido PNBL foi esvaziado pelo governo, e são poucas as ações deste programa que estão em andamento. Com isso, o Brasil continua sem redes suficientes para atender a demanda crescente do país, principalmente onde não há interesse de mercado, do que decorre as baixas velocidades de provimento do serviço de acesso à Internet, com preços elevados, de péssima qualidade e ainda para poucos.

Em complemento, as políticas para o setor foram construídas sem diálogo efetivo com a sociedade, alinhando-se mais aos interesses das empresas privadas. O governo não definiu ao longo destes anos um projeto estruturante com objetivos claros a serem alcançados.

Assim, os vários temas relativos à política de telecomunicações foram tratados de forma fragmentada. Questões que envolvem o serviço de telefonia fixa (STFC) e a revisão quinquenal dos contratos de concessão, a descontinuidade dos Telecentros, CRCs e pontos de cultura, o debate em torno do uso das frequências para banda larga móvel, o uso dos Fundos públicos como o FUST – Fundo para a Universalização dos Serviços de Telecomunicação, o FUNTTEL – Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações e o FISTEL – Fundo de Fiscalização de Telecomunicações, entre vários outros temas caminharam sem a sinergia necessária, considerando que todos fazem parte do que deveria ser uma política estruturante para o setor, com vistas a universalizar o acesso ao serviço de comunicação de dados. E, sem a visão do todo, olhar projetos específicos contribui apenas para reforçar o tratamento da inclusão e da cidadania digitais como questões menores, mais relacionadas à configuração de um mercado do que à estruturação de políticas coordenadas voltadas à concretização de direitos fundamentais.

Este é o nó essencial que impede o Brasil de avançar numa área nevrálgica para a inclusão social, entendida em toda a sua complexidade, e para a consolidação da democracia. O Estado precisa ter uma política clara para o setor que passa, necessariamente, pela revisão do regime de prestação do serviço de acesso à Internet.

Brasil 2015, o desafio é a universalização

A campanha Banda Larga é um Direito Seu apresenta aos candidatos e candidatas à presidência da República algumas diretrizes que consideramos essenciais para o estabelecimento de políticas de telecomunicações pautadas pelo interesse público e pela garantia de acesso por todos e todas. Estas políticas devem estar inseridas no debate de um projeto de comunicação democrático e convergente.

- Garantir a oferta da banda larga em regime público (reconhecendo, como já ocorre na telefonia fixa, a oferta do serviço também em regime privado), como ação fundamental de uma política estratégica do governo para a universalização do acesso à Internet;

- Conduzir o processo de revisão quinquenal dos contratos de concessão da telefonia fixa de maneira coerente aos seus princípios de universalização e modicidade, bem como integrada à implementação da banda larga em regime misto;

- Integrar ações das esferas Federal, Estadual e Municipal para a universalização do acesso à banda larga, possibilitando a conexão de qualquer pessoa ou instituição ao serviço e otimização do uso da infraestrutura, inclusive por meio da reserva de espaço eletromagnético e fibras ópticas livres de licenças para aplicações comunitárias sem finalidade lucrativa;

- Garantir que os recursos do FUST – Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – sejam utilizados apenas para investimentos em infraestrutura que tenham como objetivo o cumprimento de metas de universalização, obrigação que se refere somente a serviços prestados em regime público;

- Recuperar o papel da Telebras como instrumento público fundamental para a condução de políticas públicas que tenham o objetivo de garantir a universalização do acesso à banda larga. Este papel deve se dar tanto no âmbito do mercado, atuando na última milha para ofertar a conexão à banda larga onde a iniciativa privada não tenha interesse ou condições de fazê-lo, como também na construção e gestão da infraestrutura de rede para atender à crescente demanda de conexão em todo o país;

- Fortalecer instrumentos de regulação e fiscalização com independência em relação ao mercado, participação social e atuação rápida e eficaz, não só com relação à competição, mas também quanto à qualidade do serviço. Estes instrumentos devem atuar sobre todo o sistema, incluindo a Telebras, grandes e pequenos provedores privados.